Luta intensa pelos direitos
Pese embora as dificuldades e resistências encontradas, o CESP/CGTP-IN deu a conhecer, numa folha sindical, vários ganhos obtidos nas negociações com patronato em diversos sectores, sobretudo em matéria salarial.
O CESP mantém a luta pelos salários, horários e direitos
Na folha sindical emitida este mês, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) revelou que, após quatro reuniões de negociação, conseguiu concretizar um acordo para os trabalhadores da Lusoponte sobre revisão das matérias de expressão pecuniária (tabela salarial, abono de falhas e subsídio de alimentação).
No que diz respeito aos trabalhadores em Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos, o sindicato diz que, mesmo não tendo visto satisfeitas todas as suas reivindicações, concluiu a revisão do contrato colectivo de trabalho (CCT) com a actualização dos salários e do subsídio de refeição, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2015.
Sobre os trabalhadores da Vigilância, a nota refere que, devido à intransigência patronal, muito pouco se avançou nas quatro reuniões de conciliação realizadas; que estas vão prosseguir no Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social; e que o CCT assinado entre STAD/CESP e as associações patronais continua em vigor.
No dia 4, o CESP e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) fecharam um acordo sobre aumento de salários e de subsídio de refeição, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2015, para os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social. Contudo, persiste o desacordo sobre diversas matérias, como a actualização das diuturnidades, o valor do trabalho em dia feriado, os horários de trabalho e a contagem do tempo de serviço dos trabalhadores com funções educativas.
Sobre a situação dos trabalhadores das Misericórdias, o CESP afirma que pretende negociar com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) as condições da prestação de trabalho, de forma a garantir direitos, horários, dois dias de descanso semanal e a melhoria dos salários. Contudo, a UMP tem-se recusado a negociar uma regulamentação laboral uniforme para todos os trabalhadores das centenas de misericórdias existentes no País e, perante isto, o CESP, que recorda que todos estes trabalhadores estão abrangidos por convenções colectivas de trabalho, decidiu avançar com uma proposta igual, a negociar com todas elas.