Crescer e avançar
Na assembleia que realizaram recentemente, os comunistas do concelho de Ovar aprovaram as linhas de acção para os próximos anos e elegeram uma nova direcção.
Tal como no resto do País, o PCP cresceu no concelho de Ovar
Realizada no dia 20, a 11.ª Assembleia da Organização Concelhia de Ovar do PCP ficou desde logo marcada pela boa participação dos militantes, que prosseguiram nesse dia a construção colectiva das orientações do Partido, iniciada na fase preparatória. Coroando este processo, foi aprovada por unanimidade a Resolução Política, que faz uma análise da situação política, social e económica do concelho, avalia a actividade recente da organização partidária, sintetiza as medidas tendentes ao reforço do Partido e define as grandes linhas de intervenção para o futuro.
No decorrer da assembleia, que contou com a presença de Tiago Vieira, do Comité Central, foi apresentado aos militantes o balanço da actividade desenvolvida pelo Partido desde a anterior assembleia, realizada em Outubro de 2012. Neste período, entraram novos militantes para o Partido, na sua maioria jovens, e a organização partidária desdobrou-se num vasto conjunto de iniciativas: da denúncia pública de injustiças à tomada de posição sobre assuntos de interesse local e nacional passando pela participação activa em muitas e variadas lutas, sempre ao lado dos trabalhadores e do povo. Entre estas, foram destacadas as mobilizações em defesa do Hospital de Ovar e da agricultura na Marinha, contra o encerramento da Escola Oliveira Lopes, a municipalização da educação ou a privatização de serviços públicos.
Construir a alternativa
No que respeita às próximas eleições legislativas, a assembleia reafirmou o propósito dos comunistas de Ovar em contribuir, no quadro da CDU, para a afirmação da alternativa política, patriótica e de esquerda, que ponha fim a quase quatro décadas de política de direita, intensificada nos últimos quatro pelo Governo PSD/CDS. Os comunistas garantem que as políticas do executivo liderado por Pedro Passos Coelho resultaram no aumento da dívida pública e na recessão económica, na venda ao desbarato de empresas públicas rentáveis e no brutal aumento de impostos sobre trabalhadores, reformados, pensionistas e micro, pequenos e médios empresários.
Assim, os portugueses – e em particular os ovarenses – têm visto cada vez mais dificultado o acesso à saúde e aos transportes públicos e degradado o serviço de recolha de lixo e fornecimento de água. Certos de que tal rumo representa um «inadmissível retrocesso civilizacional», os comunistas de Ovar sublinharam a necessidade de romper com ele, lembrando ainda que uma política verdadeiramente alternativa – como a que o PCP propõe – não pode ser subserviente aos interesses do grande capital.
A assembleia valorizou a realização da Marcha «A Força do Povo», sublinhando que a mobilização verificada permite à coligação PCP-PEV (que a promoveu) encarar com elevado optimismo as próximas eleições legislativas. No caso do distrito de Aveiro, é tempo de ter uma voz que efectivamente o represente e defenda. A eleição do primeiro candidato da CDU pelo distrito, Miguel Viegas, é o objectivo principal.