Em Águeda, re­a­lizou-se re­cen­te­mente a 7.ª As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia do Par­tido, que de­finiu as pri­o­ri­dades de in­ter­venção e elegeu a nova Co­missão Con­ce­lhia. Na re­so­lução po­lí­tica, apro­vada por una­ni­mi­dade, chama-se a atenção para al­guns dos mais sig­ni­fi­ca­tivos ele­mentos da si­tu­ação sócio-eco­nó­mica do con­celho, como o de­sem­prego – que se­gundo dados do IEFP au­mentou em Ja­neiro de 2015, si­tu­ando-se nos 2179 tra­ba­lha­dores de­sem­pre­gados, em­bora se es­time que o nú­mero real seja mais ele­vado.

Os co­mu­nistas su­bli­nham que muito em­bora au­mente todos os meses o nú­mero de tra­ba­lha­dores ins­critos nos cen­tros de em­prego e haja em­presas a fe­char, o de­sem­prego re­gis­tado di­minui, re­ve­lando a ma­ni­pu­lação das es­ta­tís­ticas por parte do Go­verno. Ainda assim, o dis­trito de Aveiro con­tinua a ser o quinto do País com mais de­sem­prego re­gis­tado. A brutal ofen­siva contra o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde tem também ex­pressão em Águeda, ga­rante a or­ga­ni­zação local do Par­tido, que re­alça o en­cer­ra­mento de va­lên­cias hos­pi­ta­lares e o em­po­bre­ci­mento dos cui­dados pri­má­rios. Não é, assim, de es­tra­nhar, que tenha au­men­tado o nú­mero de pes­soas sem mé­dico de fa­mília e sem acesso a ser­viços de en­fer­magem.

No que res­peita às aces­si­bi­li­dades, a re­so­lução po­lí­tica da as­sem­bleia des­taca o muito que con­tinua por fazer: são os casos da li­gação ro­do­viária à sede de dis­trito e das li­mi­ta­ções exis­tentes à li­gação fer­ro­viária, sobre a qual pende a ameaça de en­cer­ra­mento. O fecho de postos de cor­reio em vá­rios pontos do con­celho e o brutal au­mento das ta­rifas com a água e sa­ne­a­mento são dois ele­mentos adi­ci­o­nais que con­tri­buem para o agra­va­mento das con­di­ções de vida no con­celho de Arouca.

No de­bate sobre a re­so­lução po­lí­tica es­teve em des­taque o com­bate a travar contra a ten­ta­tiva da Câ­mara Mu­ni­cipal de in­te­grar o grupo de mu­ni­cí­pios que «dão a mão» ao Go­verno na ten­ta­tiva de impor a cha­mada «mu­ni­ci­pa­li­zação» da edu­cação. Este pro­cesso, que para os co­mu­nistas re­pre­senta um passo mais no sen­tido da des­res­pon­sa­bi­li­zação do Es­tado pela edu­cação e um ataque à es­cola pú­blica e de­mo­crá­tica, me­rece o re­púdio e a luta de pro­fes­sores, fun­ci­o­ná­rios, es­tu­dantes, pais e, em geral, de toda a po­pu­lação.

De­bater e ce­le­brar

Na fre­guesia lis­boeta de Ben­fica re­a­lizou-se re­cen­te­mente um de­bate sobre «O 25 de Abril e os va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal», que teve sala cheia e contou com a par­ti­ci­pação de Do­mingos Abrantes, re­sis­tente an­ti­fas­cista e du­rante dé­cadas di­ri­gente do Par­tido. O des­ta­cado mi­li­tante co­mu­nista re­feriu-se a as­pectos cen­trais da luta contra o fas­cismo, da du­reza da re­sis­tência clan­des­tina, dos avanços al­can­çados com a re­vo­lução e da luta que desde 1976 o PCP trava contra a po­lí­tica de di­reita e em de­fesa das con­quistas de Abril.

En­tre­tanto, estão ainda a ter lugar ini­ci­a­tivas co­me­mo­ra­tivas do 94.º ani­ver­sário do Par­tido: em Vale de Vargo, re­a­lizou-se um al­moço com a par­ti­ci­pação de 100 pes­soas; e em Brin­ches um jantar com seis de­zenas de par­ti­ci­pantes. A cé­lula do Par­tido na Câ­mara Mu­ni­cipal e nos SMAS de Vila Franca de Xira evocou a data com a pin­tura de um mural numa via mo­vi­men­tada do con­celho.