Eleições na Bolívia

MAS consolida poder

Com vitórias em seis das nove regiões do país, o Movimento para o Socialismo (MAS) confirmou a sua posição de maior força política da Bolívia.

O povo boliviano continua a rejeitar o neoliberalismo e a submissão ao imperialismo

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Embora os resultados do sufrágio de domingo, 29, sejam provisórios, os números apurados indicam que o MAS triunfou em Pando (65,6 por cento), Potosí (56,7 por cento), Oruro (54,5 por cento) e Cochabamba (60,3 por cento), Beni (38,8 por cento), Chuquisaca (47,4 por cento). Nestas duas últimas, subsiste a possibilidade de realização de uma segunda volta, mas a confirmarem-se estas duas vitórias, o partido liderado pelo presidente Evo Morales, reeleito para um terceiro mandato no final do ano passado, consolida-se como a maior força política do país.

Acresce que a administração de Beni esteve sempre nas mãos da oposição, facto que abrilhanta ainda mais a vitória do MAS nas urnas e reforça a confiança do movimento fundado e dirigido pelo actual chefe de Estado.

Nos departamentos de Santa Cruz e Tarija, triunfou a direita. Em La Paz venceu um ex-membro do MAS, o qual, desta feita, se apresentou defendendo outra sigla.

Para além dos governos regionais, os mais de seis milhões de bolivianos habilitados a votar escolheram os membros das assembleias camponesas, indígenas e populacionais, e as assembleias e executivos municipais, num total de quase cinco mil lugares. Embora os dados finais não estejam ainda disponíveis, o presidente da Bolívia garantiu, segunda-feira, 30, que a oposição, na sua maioria conservadora, só deverá conquistar entre 40 a 50 municípios, ficando os restantes a cargo do MAS, o que para Evo Morales mostra que o povo boliviano continua a rejeitar o neoliberalismo e a submissão ao imperialismo.

Estruturas como a Organização de Estados Americanos ou a União Interamericana de Organismos Eleitorais salientaram a forma como decorreu o sufrágio, bem como o elevado nível de participação dos eleitores, entre 85 e 90 por cento.




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