TPI admite Palestina

A Palestina tornou-se, ontem, o 123.º estado aderente ao Estatuto de Roma, tratado fundador do Tribunal Penal Internacional (TPI). Em Haia, o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riad Al-Malki, considerou que «o mundo está também um passo mais perto de encerrar uma longa era de impunidade e injustiça» e que os palestinianos ficam «mais perto dos nossos objectivos comuns de justiça e de paz».

O dirigente palestiniano Saeb Erekat afirmou que este é um dia histórico, uma vez que fica claro «o compromisso da Palestina com a justiça, lei internacional e direitos humanos». O membro do comité executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), citado pela Lusa, acrescentou que a entrada da Palestina no TPI «serve para lembrar à comunidade internacional as suas responsabilidades de acordo com o direito internacional, para alcançar uma paz justa e duradoura, e acabar com a prolongada ocupação dos territórios palestinianos», e, nesse sentido, reiterou o apelo para que «todas as nações de bem reconheçam o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital».

O Hamas, por seu lado, pediu ao TPI «para que comece de imediato a investigar os crimes cometidos contra o povo palestiniano».

Dia da Terra

Com um debate realizado segunda-feira, 30, no Clube Estefânia, em Lisboa, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) assinalou o Dia da terra Palestiniana.

Na iniciativa, moderada por Miquelina Almeida, vice-presidente do Clube Estefânia, e presidida por Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, fez-se «o enquadramento histórico dos acontecimentos que estiveram na génese do Dia da Terra», a que se seguiu «um debate que manteve interessada a assistência que enchia a sala daquela colectividade», refere uma nota divulgada pela organização.

Na sessão foi ainda exibido o filme «O Muro de Ferro», de Mohammed Alatar, «que relata a implantação sionista na Palestina acompanhando o crescimento da construção dos colonatos e o seu impacte no processo de paz», e denuncia «os projectos para tornar permanentes os colonatos com a construção do Muro do Apartheid», adianta a mesma fonte.




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