Travar a privatização

«2015 tem de ser um ano de viragem», da «derrota do processo de privatização e da adopção pelo Estado português de uma política que permita à TAP e ao conjunto das empresas do Grupo continuarem a ser um instrumento da soberania nacional, mas permitindo-lhes igualmente aumentar o já muito significativo contributo que dão para a criação de riqueza em Portugal», consideram os trabalhadores da TAP e da Groundforce/SPdH.

Reunidos em plenário no dia 12 (foto), os trabalhadores constataram a necessidade de «intensificar a luta de resistência ao processo de privatização», e, nesse sentido, decidiram «tornar o próximo dia 14 de Março, o dia do 70.º aniversário da TAP, um Dia Nacional de Luta contra a Privatização da TAP»; «construir um calendário de iniciativas de luta e sensibilização contra a privatização, doravante e até ao próximo dia 14 de Março», e «levar a cabo uma grande Campanha Contra a Privatização da TAP que se faça sentir dentro da empresa e nos aeroportos do País».

Os trabalhadores da TAP e da Groundforce/SPdH notam, ainda, que «desde o anúncio da privatização, o Governo tem-se emaranhado numa teia de mentiras e está completamente isolado na defesa da criminosa opção de privatizar o Grupo TAP, enfrentando até a oposição de sectores tradicionalmente apoiantes dos partidos do Governo», e alertam que «o caderno de encargos da privatização deixa bem claro os riscos que os trabalhadores da TAP e das restantes empresas do Grupo correm», rejeitando, assim, «pseudo-salvaguardas para aliviar consciências e diminuir resistências, mas que não teriam qualquer eficácia depois de transferida a propriedade, como não o tiveram em todas as anteriores privatizações», concluem.

No quadro das iniciativas decididas, os trabalhadores da TAP reuniram, segunda-feira, 16, com o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, que se manifestou solidário com a sua luta e disponibilizou-se a apoiar as iniciativas contra a privatização da Transportadora Aérea Portuguesa.

 



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