Degradação prejudica desenvolvimento

Alentejanos reclamam acessibilidades

Sob o lema «Nós existimos, nós exigimos», centenas de pessoas e viaturas participaram na sexta-feira, 30, numa concentração, em Beja, para exigir o reinício das obras no IP2 e na A26/IP8, paradas desde 2011, e a reparação de estradas regionais do Baixo Alentejo.

Cenário que mais parece ter saído de uma qualquer guerra

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A acção – promovida pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), pela Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, pela Turismo do Alentejo e pela Associação de Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja – contou com a participação de pessoas e viaturas que se deslocaram em colunas de vários concelhos do distrito de Beja, como os de Alvito, Aljustrel, Beja, Castro Verde, Moura e Vidigueira. Presentes estiveram também os presidentes das câmaras de Barrancos, Beja, Cuba, Serpa, Vidigueira, Aljustrel, Mértola e Ourique.

Em causa está o reinício das obras de requalificação do Itinerário Principal (IP) 2, entre São Manços (Évora) e Castro Verde (Beja), e de construção dos lanços da A26 entre Sines e Santa Margarida do Sado, incluídas na subconcessão do Baixo Alentejo e que estão paradas desde 2011 e deveriam ter sido retomadas no passado mês de Julho.

Os municípios queriam que a A26 fosse construída entre Sines e Beja, como inicialmente previsto, mas como foi cancelada a construção dos lanços entre Santa Margarida do Sado e Beja exigem, em alternativa, a requalificação do IP8, aproveitando infra-estruturas já construídas no âmbito das empreitadas nos troços cancelados.

Os participantes na concentração aprovaram uma declaração em que se lê que as vias «são fulcrais para o desenvolvimento» do Baixo Alentejo e «cada dia de atraso» nas obras «corresponde a perdas de expectativas e graves prejuízos para todos: população utente, empresas, entidades e visitantes».

As vias, «no estado de degradação em que se encontram não respeitam normas elementares de viação e constituem uma real ameaça à segurança rodoviária, potencialmente responsável pelo elevado número de acidentes, muitos infelizmente mortais», lê-se da declaração.

Na sua intervenção, o presidente da CIMBAL, João Rocha, que também é presidente da Câmara de Beja, explicou que a concentração serviu para exigir o reinício e a conclusão das obras no IP2 e na A26/IP8, que foram interrompidas, deixando as estradas num «estado de degradação e abandono», que «nem parece real».

As vias, que são «estruturantes» para o desenvolvimento da região, estão com «buracos, dificuldades de circulação, obras interrompidas, viadutos por fazer, num cenário que mais parece ter saído de uma qualquer guerra», referiu.

«Exigimos que sejam concluídas acessibilidades rodoviárias fundamentais para o desenvolvimento» do Baixo Alentejo, ou seja, para as oportunidades do regadio, a ligação a Espanha e à Europa, a rentabilização do aeroporto de Beja e do potencial turístico da região», disse João Rocha.


Entre Alcácer do Sal e Grândola
Marcha lenta no dia 27

As Comissões de Utentes do Litoral Alentejano agendaram para o próximo dia 27 de Fevereiro uma marcha lenta entre Alcácer do Sal e Grândola. A decisão foi tomada no dia 26, na Biblioteca Municipal de Grândola, durante uma reunião que juntou autarcas e membros de comissões de utentes, que exigem a reparação urgente da Estrada Nacional n.º 120/Itinerário Complementar n.º1.

Em Grândola, autarcas e utentes decidiram ainda iniciar «uma campanha de sensibilização de todos os utentes desta via (milhares de automobilistas, de famílias, de empresas, de motoristas profissionais, com destaque para o transporte rodoviário de combustíveis e outras cargas» e repor «todos os materiais de informação/divulgação em toda a estrada».




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