Na sua última reunião, realizada no dia 14, o Comité Central do PCP procedeu a uma avaliação da acção de contacto com os membros do Partido, sublinhando os «importantes resultados» alcançados em matérias tão diversas como a entrega do cartão, do Programa e dos Estatutos, a actualização de dados, a elevação da militância, o aumento do valor das quotizações e a regularização do seu pagamento ou o alargamento da venda do Avante!. O CC considerou ainda esta acção uma «oportunidade para um melhor conhecimento da realidade da organização do Partido e da situação económica e social, com elementos úteis para o reforço e a intervenção política do Partido».

Assim, tal como por todo o País, no distrito de Leiria o contacto com os membros do Partido deu os seus frutos, como sublinhou Adelaide Alves, membro do Comité Central e responsável pela organização regional. Os mais visíveis são, desde logo, os 37 recrutamentos, os 32 novos leitores do Avante!, os 25 militantes que se manifestaram disponíveis para assumir tarefas no Partido e os mais de 50 que aumentaram o valor da sua quota. A prazo, acrescenta a responsável, a acção permitirá a criação de mais organismos, a responsabilização de vários quadros por «tarefas concretas de propaganda e de venda do Avante!» e a criação de células de reformados.

Especial importância assume, para Adelaide Alves, a perspectiva de criação e reforço de células de empresa, tendo em conta que «vários foram os camaradas que aceitaram ser transferidos das organizações locais para as células de empresa». Foi já possível, acrescentou, constituir novas organizações do Partido em câmaras municipais, criar comissões para as empresas e locais de trabalho e, em Peniche e na Marinha Grande, dinamizar células de professores.

Ainda no âmbito desta acção, sublinhou Adelaide Alves, foram responsabilizados vários membros de comissões concelhias por células de empresa e passou-se a vender 10 exemplares do Avante! na Key Plastics, uma empresa do concelho de Leiria.

Só acaba no fim

A acção de contactos na Organização Regional de Leiria está quantitativamente muito adiantada: se em muitos concelhos está já concluída, noutros a sua concretização situa-se muito acima dos 70 por cento. No total da região, estiveram envolvidos nesta acção mais de 40 quadros do Partido, na maioria membros de organismos de direcção concelhia. Em alguns casos, ressalva Adelaide Alves, os contactos foram assumidos por militantes que habitualmente recebem a quotização em determinados bairros e localidades.

A concretização da acção variou de concelho para concelho. No início, conta a responsável, muitos contactos foram feitos ao mesmo tempo que eram preparadas as várias assembleias de organização que se realizaram, quer concelhias quer da própria organização regional. As fichas foram distribuídas por diversos militantes e, quando necessário, realizaram-se jornadas de final de tarde e fim-de-semana. No caso da organização concelhia da Marinha Grande, a maior do distrito, houve que tomar medidas especiais, particularmente nos últimos dois meses, nomeadamente a responsabilização de um quadro a tempo inteiro para esta importante tarefa.

Para o futuro próximo, Adelaide Alves aponta a continuação da concretização da acção de contactos, até que se tenha conversado com todos e cada um dos comunistas do distrito de Leiria. Semanalmente será feito o controlo da evolução desta acção, garantiu a dirigente, acrescentando que em Janeiro será efectuada uma nova distribuição dos contactos que restem pelos membros dos diversos organismos de direcção do Partido no distrito. Em Peniche e no Bombarral foi decidido aproveitar as férias de Natal para avançar com os contactos em falta.

Num prazo mais alargado, a responsável acredita que desta acção surgirá um Partido mais forte, com uma maior estruturação, mais militantes responsabilizados, organizações mais dinâmicas, com mais iniciativa e mais ligadas às massas, nas empresas e nos locais de residência. No fundo, concluiu, um Partido com «mais militância, para dar mais força à luta de massas pela ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda com os valores de Abril no futuro de Portugal».