O Senado e a Câmara dos Representantes dos EUA aprovaram, sexta-feira, 12, e domingo, 14, o Orçamento Federal até Outubro de 2015. O documento mereceu o voto favorável dos eleitos pelo Partido Republicano e da esmagadora maioria dos congéneres do Democrata, que acordaram a revogação de uma norma, em vigor desde 2010, que impedia que as entidades financeiras envolvidas em operações especulativas de alto risco de acederem a fundos estatais.

A queda da regra introduzida após o espoletar da actual fase da crise do capitalismo está a ser contestada. Os democratas, pretendendo justificar a sua opção, acabaram no entanto por revelar que a disposição apenas impedia os bancos de apostarem uma pequena parte do dinheiro em produtos derivados.

Obama, por seu lado, antecipou-se e garantiu que se ambos os hemicíclicos aprovassem o Orçamento também ele o promulgaria, argumentando com a necessidade de evitar o encerramento dos serviços e estruturas públicas verificado o ano passado, mas esquecendo as promessas de regulação e moralização do mercado e do não recurso ao erário público para salvar o capital financeiro.