OIT alerta para pobreza

Um relatório da Organização Mundial do Trabalho, publicado dia 17, considera que a tendência para a consolidação fiscal implicará um agravamento da crise de desemprego e o aumento das desigualdades.

O estudo, intitulado «Tendências mundiais da protecção social (2010-2015)», salienta o exemplo da Europa, onde as políticas orçamentais restritivas «contribuíram para o aumento da pobreza e da exclusão social, que atinge actualmente 123 milhões de pessoas ou 24 por cento da população da União Europeia».

A OIT refere que no primeiro período da crise (2008-2009) foram adoptados planos de estímulo à economia e reforçados os apoios sociais em dezenas de países, com resultados positivos. No entanto, logo em 2010, muitos governos seguiram a linha da consolidação fiscal e da contracção da despesa, ignorando as necessidades das populações vulneráveis.

Em vários países fora da Europa, afirma a OIT, os governos seguem na direcção oposta, alargando os seus sistemas de protecção social, obtendo efeitos imediatos na redução da pobreza. O estudo aponta como exemplos a Argentina, África do Sul, Bolívia, Brasil e China, entre outros.



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