Gestão incompetente
Fazendo o «balanço de um ano de mandato da actual maioria PS», a CDU de Torres Novas alertou para as «consequências desastrosas» que a mesma trouxe, «num caminho absolutamente errado».
Grande falta de cultura democrática
«Neste ano de mandato, inúmeros têm sido os casos que provam a existência de uma gestão errática, ao sabor do vento, profundamente incompetente, com graves provas de desrespeito pela legalidade e de incumprimento dos mais elementares deveres, absolutamente incapaz de gerir e levar a bom porto os dossiers mais difíceis», criticaram, em conferência de imprensa, os eleitos do PCP, sublinhando que «a passividade e a inércia desta gestão constitui um perigoso deixar andar em alguns dos mais importantes problemas sentidos pela população do concelho».
Exemplo da «grande falta de cultura democrática» do PS é o caso da Turrisespaços, que o Tribunal de Contas chumbou recentemente, obrigando a autarquia a «arrepiar caminho e dissolver» aquela empresa municipal.
«A maioria PS sempre teimou em avançar com a criação da Turrisespaços para, de uma forma artificiosa e utilizando uma ardilosa engenharia financeira, tentar resolver os problemas financeiros. Não o conseguiu. Antes pelo contrário, o que conseguiu foi criar para a Câmara uma aura de entidade incumpridora dos seus deveres», acusa a CDU, frisando que «a credibilidade e competência da Câmara está pelas ruas da amargura» e que a maioria PS «conseguiu um feito inédito», que foi «colocar trabalhadores [da Turrisespaços] contra trabalhadores [da Câmara Municipal]».
«Elefante branco»
Idêntica situação passa-se com o caso das obras no Convento do Carmo, que será transformado em Paços do Concelho. Também neste processo os eleitos do PCP se manifestaram contra esta solução, desde o início, chegando a propor em alternativa a construção de um edifício de raiz.
«Neste momento, o Convento do Carmo é um enorme e insustentável “elefante branco”. Há ilegalidades várias no decurso do processo. A obra está parada há vários anos», alertam os comunistas, informando que, agora, «a Câmara tem que indemnizar o empreiteiro em muitas centenas de milhares de euros», prevendo-se que a empreitada, que deveria ter um custo de um milhão de euros, atinja os cinco milhões de euros.
Mas o processo não fica por aqui. O Tribunal de Contas, em mais um acórdão demolidor para o município, vem chumbar o lançamento da nova empreitada para a segunda fase da obra, que pode levar à ruína financeira do município.
Inércia municipal
Os eleitos do PCP acusaram ainda o PS de «falta de coragem política» ao não assinar, com os sindicatos, o Acordo Colectivo de Entidade Empregadora Pública (ACEEP), obrigando os trabalhadores a continuarem a trabalhar 40 horas por semana e a receber o salário de 35 horas, e de «inércia municipal» relativamente ao «esvaziamento e perda progressiva de competências do Hospital de Torres Novas», ao ter recusado cumprir uma deliberação da Assembleia Municipal no sentido de que a Câmara avance com uma providência cautelar contra as recentes decisões governamentais.