Grécia exclui desempregados
O governo grego anunciou na semana passada um programa com a duração de seis meses que permitirá aos desempregados realizar exames de saúde, mas quem não tem seguro não terá acesso aos correspondentes tratamentos médicos.
A medida foi apresentada por ocasião da conferência anual sobre saúde da Câmara Heleno-Americana, que constatou uma grave deterioração do sistema público e um sensível aumento da frequência de serviços privados por parte da população.
A Grécia tem 23,1 por cento da população abaixo do limiar da pobreza, ou seja com um rendimento igual ou inferior a 432 euros por mês e por pessoa. É também o único estado-membro da União Europeia que não criou um rendimento mínimo garantido.
De acordo com o barómetro económico da Câmara de Comércio e Indústria de Atenas, publicado dia 24, só quatro em cada dez inquiridos declaram ter condições para pagar os seus impostos e contribuições à segurança social.
A maioria dos inquiridos (55%) considera impossível cumprir as suas obrigações fiscais.
Sobre a possibilidade da melhoria da situação económica, apenas 22 por cento se manifestaram optimistas, enquanto 78 por cento se dizem pessimistas ou indecisos.