Travar a ofensiva que continua
LUSA
Jerónimo de Sousa participou, no sábado, no convívio regional de Aveiro do PCP, que contou com a presença de dezenas de militantes e simpatizantes do Partido. Em ambiente descontraído e de festa, os comunistas aveirenses não deixaram de se referir às tarefas e combates que têm pela frente.
No comício, o Secretário-geral do Partido lembrou a «pesada derrota» sofrida pelos partidos do Governo nas eleições para o Parlamento Europeu do passado mês de Maio, alertando para a possibilidade de o PS vir a ser chamado para assegurar, com PSD e CDS, a continuação da política de direita. «Já não lhes chega a alternância e querem agora ficar os três juntos», afirmou.
«Importa saber o que o PS responde», garantiu Jerónimo de Sousa, para quem não são claras as diferenças entre os dois candidatos à liderança desse partido. Uma coisa é, porém, certa: o PS subscreveu o Tratado Orçamental (tal como PSD e CDS), que visa o prosseguimento da política de exploração e empobrecimento, aplicada pela troika estrangeira e pelo Governo, no fundamental com o apoio do PS.
Jerónimo de Sousa acusou ainda o Governo de, ao mesmo tempo que fala em fim de crise, preparar a liquidação da contratação colectiva, o aumento dos impostos para quem trabalha ou trabalhou e a continuação das privatizações de empresas e sectores estratégicos e rentáveis, agravando assim a submissão e fragilização do País. O dirigente comunista referiu-se, no concreto, aos casos do Metro do Porto e da STCP.
O Secretário-geral do PCP denunciou ainda o encerramento de tribunais e escolas e o «acto cobarde» que constituiu a convocação – com três dias de antecedência – dos professores para prestar a «prova de avaliação», procurando assim impedir a realização de uma greve que, pela lei, teria de ser entregue pelo menos cinco dias antes da paralisação. Apesar disso, Jerónimo de Sousa manifestou a sua confiança na capacidade dos professores de encontrarem formas de contestar a prova, como efectivamente acabaram por fazer.