Por uma educação digna
A Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (AE FBAUP) deu a conhecer as vitórias alcançadas na FBAUP, que, para além de um estímulo, são uma prova viva de como é possível ir mais longe e ter uma educação digna para todos, através da organização e acção de toda a comunidade estudantil.
É urgente continuar a ter acção sobre os problemas existentes
Em comunicado, a AE deu a conhecer que, desde cedo, devido à constante interacção com a comunidade estudantil, foram denunciados os problemas existentes em vários espaços da Faculdade, havendo, a posteriori, vários momentos de discussão e reflexão com a Direcção da FBAUP, assim como com os estudantes, culminando em várias iniciativas de protesto e de reivindicação, por um espaço com mais e melhores condições humanas.
As conquistas, conseguidas através das várias acções levadas a cabo, estão hoje à vista de todos. Para os estudantes com mobilidade reduzida, serão colocadas rampas, plataformas elevatórias, elevadores e alterado o pavimento que circunda os pavilhões da Faculdade. O pavilhão de exposições será totalmente remodelado no seu interior, permitindo mais espaço tanto para trabalho como para as exposições, e está a ser estudada a disponibilização de novas condições materiais.
Por último, a torre continuará a sofrer obras internas, tanto de estrutura como na planta. Esta usufruirá de um elevador e dará acesso tanto ao pavilhão de escultura como ao pavilhão de tecnologias.
Todas estas obras – que serão feitas em partes, devido à actividade lectiva dos pavilhões em causa – terão início no final deste mês de Junho e o seu prazo de término está estimado para o biénio 2015/2016.
Problemas agravam-se
Todavia, estas conquistas são apenas uma parte do que é necessário alcançar. Outros problemas continuam a ser um entrave aos estudantes, que passam, por exemplo, por as salas de desenho não estarem abertas até ao encerramento da Faculdade; as oficinas de pedra terem problemas estruturais, como o telhado; os estudantes de design de comunicação continuarem sem um atelier ou um espaço onde possam usufruir em pleno de computadores ou de tomadas a funcionar; os estudantes do ramo de multimédia continuarem sem espaço suficiente para trabalhar; os estudantes do ramo de pintura continuarem sem espaço e com falta de docentes; os estudantes do ramo de escultura não terem uma sala para atelier II, onde possam trabalhar e guardar materiais; os cacifos continuarem a ser insuficientes, tanto em número como em espaço; e por as oficinas de madeira e metais continuarem com um horário reduzido, não permitindo aos estudantes ter acesso às mesmas num horário que não coincida com o horário curricular.
«Para que, do mesmo modo que se conseguiu a realização de obras na Faculdade, se alcance a resolução destes problemas é urgente continuar a debater e ter acção sobre os problemas existentes na FBAUP», salienta a AE.
Palavras do Director
«Interpretando um desejo de todos e que partilhamos publicamente, vimos informar que a recuperação do nosso património, pavilhão de exposições e pavilhão de escultura, acessibilidades para utentes com deficiências motoras será iniciado no mês de Junho após as avaliações finais. O pavilhão de exposições prevê-se concluído em Dezembro; a primeira fase das acessibilidades no pavilhão de tecnologias, rampa e plataformas móveis até Setembro, e o pavilhão de exposições cuja verba para recuperação está garantida, aguarda aprovação das entidades centrais do Governo uma vez que é património classificado. A todos os que se empenham na preservação e salvaguarda do nosso património e melhores condições de trabalho, o nosso agradecimento.»
Francisco Laranjo, director da FBAUP