PCP ao lado dos trabalhadores

Resistência e unidade

Apesar do apertado calendário eleitoral que se viveu nas últimas semanas, o PCP não deixou de estar no posto que é o seu: ao lado dos trabalhadores nas suas lutas.

A exploração e a impunidade reinam em muitas empresas

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Num comunicado do sector de empresas da Direcção da Organização Regional de Coimbra, o PCP manifesta a sua solidariedade aos trabalhadores da Santix, a braços com salários e subsídios em atraso, bem como a sua disponibilidade para «ajudar a construir a unidade entre os trabalhadores».

Os comunistas lembram que a situação se arrasta desde 2012 e que actualmente estão por receber três meses de subsídios, parte dos salários de Setembro e Outubro do ano passado e do mês de Abril último, que só foi pago em 70 por cento e no dia 19 de Maio. A agravar a situação está o facto de a administração não dar qualquer informação sobre quando se propõe proceder ao pagamento dos salários em atraso, já de si muito baixos.

No comunicado, o PCP recorda que nesta empresa «sempre existiu um clima de medo e repressão»: até para ir à casa de banho os trabalhadores têm um cartão para contabilizar o tempo despendido; e quando questionam acerca do pagamento dos vencimentos que lhes são devidos, a resposta é um «é preciso ter fé em Deus»; face à justa insistência dos trabalhadores, evolui-se para a intimidação com o clássico «se não estão bem sabem onde é a porta da rua»... Esta pressão levou mesmo a que alguns abandonassem a empresa sem receberem o que é seu de direito.

Perante o facto de a empresa estar a contratar através da empresa de trabalho temporário Insieme (dos cerca de 200 trabalhadores da Santix, 30 são já contratados através desta empresa), o PCP alerta para o facto de a Santix poder estar a utilizar o não pagamento de salários para forçar os trabalhadores a sair, para depois os substituir por outros contratados pela outra empresa, com vínculos mais precários.

Após alertar para os riscos inerentes à contratação por empresas como a Insieme, o PCP reafirma a defesa do princípio de que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo de trabalho efectivo.

Vale a pena lutar

Na Guarda, a Direcção da Organização Regional do PCP emitiu um comunicado expressando a sua solidariedade para com os trabalhadores em greve na Joalto e da RBI, empresas privadas do sector do transporte rodoviário, e na Dura.

No caso das duas empresas do grupo Transdev, a adesão à paralisação de dia 15 de Maio foi expressiva – mais de 90 por cento –, revelando uma sólida unidade em torno de justas reivindicações: melhores condições de trabalho, aumentos salariais e a não aplicação do «tempo de disponibilidade» na empresa. Na concentração junto à administração, realizada no dia da greve, os trabalhadores garantiram que caso as suas reivindicações não sejam atendidas, voltarão à luta.

No que diz respeito à Dura, os trabalhadores realizaram vários dias de greve em luta por aumentos salariais dignos, exigência em torno da qual se revelaram unidos. A adesão à greve, de 86 por cento, testemunha essa unidade. Esta luta culminou na conquista de aumentos de 40 euros por trabalhador, o que, para o PCP, mostra que «vale a pena lutar». 




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