Evolução do PIB revela insucesso
Reagindo ao anúncio dos dados da estimativa rápida do INE relativos à evolução do PIB no primeiro trimestre do ano, que apontam para uma queda de 0,7 por cento e uma variação homóloga de 1,2 por cento, o PCP conclui que em termos anuais o crescimento do PIB foi «nulo». Numa nota do seu Gabinete de Imprensa, emitida no dia 16, o PCP salienta que a «queda em cadeia verificada no PIB, depois de três trimestres positivos, resultou sobretudo da redução verificada nas exportações de bens e serviços e só não foi maior porque se registou uma melhoria na procura interna».
O Partido considera ainda que com os resultados agora divulgados, a «estimativa de crescimento do PIB que o Governo apresentou para 2014 – um crescimento de 1,2 por cento – está comprometida», sendo necessário que a economia não se comporte pior nos restantes três trimestres para que o crescimento do PIB não seja inferior a esta previsão. Ora, acrescenta-se na nota, «muitos dos cortes aprovados com o Orçamento do Estado para 2014, nomeadamente o alargamento da contribuição extraordinária de solidariedade (CES) para pensões superiores a mil euros e o aumento da ADSE, reflectir-se-ão em trimestres seguintes afectando a evolução da procura interna e repercutindo-se negativamente nos restantes trimestres do ano».
O PCP acrescenta ainda que quando eram divulgados estes dados, o Eurostat dava a conhecer as mesmas estimativas para as várias economias da UE: no mesmo período, os 28 países cresceram 0,3 por cento, enquanto a «zona euro» registou um crescimento de 0,2. Em termos homólogos, a UE 28 cresceu 1,4 por cento, enquanto a zona euro se ficou pelos 0,9.
Longe do «foguetório sobre o milagre económico», o que estes dados revelam é, para o PCP, a «urgência de romper com uma política que, a pretexto do pacto de agressão e ancorada em novos instrumento de dominação sobre o País, visa perpetuar o rumo de exploração e empobrecimento, amarrar Portugal a uma dívida insustentável paga pelos rendimentos dos trabalhadores, do povo e dos recurso nacionais, acentuar a submissão e dependência».