Organizar, resistir e lutar
O Sector Intelectual da Organização Regional do Porto do PCP realizou, no dia 3, a sua 9.ª assembleia de organização, colocando especial ênfase na intervenção dos intelectuais comunistas na luta popular.
O sector alargou a sua intervenção nos últimos anos
Foi um momento – particularmente alto, é certo, mas um momento – de um processo percorrido durante alguns meses que envolveu discussões na direcção, no Secretariado, nos subsectores e também em dois plenários de militantes onde as questões relativas à assembleia estiveram em discussão. Primeiro, para avaliar os avanços alcançados e as insuficiências que se verificaram e, depois, para reflectir sobre o ante-projecto de resolução política oportunamente enviado a toda a organização.
A 9.ª assembleia, no seu «momento» de 3 de Maio, traduziu bem a discussão havida anteriormente, caracterizou a situação que os intelectuais do distrito vivem e apresentou propostas para as diferentes áreas de intervenção. Sublinhada foi a grande responsabilidade dos intelectuais comunistas de tudo fazerem no sentido de contrariarem o conformismo, a resignação, a desistência de tantos, particularmente jovens, de lutarem pelo País a que têm direito todos os que estão a sofrer com as políticas decorrentes do pacto de agressão da responsabilidade da troika nacional do PS, PSD e CDS.
Para além da participação em jornadas nacionais e regionais do Partido ou da CGTP-IN e do acompanhamento da intervenção dos intelectuais comunistas no movimento sindical e associativo cultural, foi realçada a actividade própria do Sector, que desenvolveu desde a última assembleia, realizada há menos de dois anos e meio, 15 iniciativas abrangendo áreas e públicos diversificados e envolvendo independentes de grande prestígio.
No dia 3, as cerca de duas dezenas de intervenções percorreram as diferentes áreas de intervenção do Sector, que não cessaram de aumentar nos últimos anos, permitindo um conhecimento mais aprofundado da realidade vivida no distrito. Assim, a análise e proposta estiveram presentes nas intervenções de áreas como as artes do espectáculo, a cultura e movimento associativo cultural, o ensino superior, finanças e organização, património cultural e subsectores, designadamente dos arquitectos, bolseiros, juristas, médicos, psicólogos e professores.
Debater, decidir, concretizar
A Resolução Política, que já tinha sido alterada por propostas apresentadas durante o período de preparação, foi ainda beneficiada com mais cerca de 30 alterações durante a discussão havida na própria assembleia e aprovada, depois, por unanimidade.
A direcção eleita, também por unanimidade, ficou composta por 21 elementos, dos quais 11 são homens e 10 mulheres. Ao nível etário, oito têm menos de 35 anos e 12 menos de 40.
A encerrar a assembleia, interveio Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central e responsável pela Organização Regional do Porto, que recordou as consequências da política de direita da responsabilidade da troika nacional, sublinhou a importância das próximas eleições para o Parlamento Europeu e apelou ao envolvimento de todos na luta por um bom resultado da CDU.