Defender a produção nacional
João Ferreira, o primeiro candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu (PE), destacou esta segunda-feira, em Coimbra, o apoio da troika nacional à nova reforma da PAC, que lesa os interesses dos agricultores portugueses.
Defender interesse nacional contra políticas de PSD, CDS e PS
Num encontro com representantes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o primeiro candidato da lista da CDU às eleições para o PE considerou prejudicial a nova reforma da Política Agrícola Comum, apoiada por PS, PSD e CDS, para os interesses da agricultura nacional. Esta reforma, que ataca os pequenos agricultores e apoia os interesses dos grandes proprietários, dá sequência, no nosso País, a uma política ruinosa no sector, com a acção das troikas nacional e estrangeira a determinar novas imposições fiscais, o corte de 300 milhões de euros no apoio ao investimento ou o aumento dos custos com a sanidade animal e com os seguros agrícolas.
O ataque à Casa do Douro – estrutura de defesa dos vitivinicultores hoje fortemente debilitada e sob ameaça de privatização –, a ameaça de roubo dos baldios aos povos, fazendo tábua rasa de usos e costumes, para impor a sua privatização, ou a desregulação das quotas leiteiras, deixando a produção nacional ainda mais indefesa, são outros aspectos da política destrutiva da agricultura nacional imposta pela troika estrangeira e apoiada pelo Governo PSD/CDS e pelo PS, que, como salientou João Ferreira, também esteve em Bruxelas a aprovar a PAC e se configura mais como uma «alternância» do que como «verdadeira alternativa».
Ao final da tarde, na Cafetaria Museu da Ciência, da Universidade de Coimbra, o primeiro candidato da Coligação defendeu a necessidade de o Estado promover o emprego público em ciência, bem como a importância do investimento na investigação – cujo objectivo não é colocar novos produtos no mercado, mas sim criar e aplicar conhecimento – e do reconhecimento dos investigadores como trabalhadores.
À noite, João Ferreira participou num jantar, no restaurante Psicológico, com mais de cem apoiantes, na sua maioria sindicalistas, tendo sublinhado que, apesar de o PS andar a afixar cartazes em que promete mudança, os portugueses conhecem há 37 anos o significado das falsas promessas de quem quer que fique tudo na mesma.