Colômbia

Greve dá força negocial

O Mo­vi­mento Dig­ni­dade Agro­pe­cuária anun­ciou ter che­gado a acordo num dos pontos da ne­go­ci­ação que mantém com o go­verno co­lom­biano. Numa ronda de diá­logo que durou até altas horas da ma­dru­gada de an­te­ontem, o Mi­nis­tério da Agri­cul­tura foi obri­gado a ceder na ex­tensão do prazo de pa­ga­mento dos cré­ditos até 10 mil dó­lares, que passam a poder ser sal­dados, sem juros, até 2024.

De acordo com a mesma fonte, re­pre­sen­tantes cam­po­neses e mem­bros do exe­cu­tivo li­de­rado por Juan Ma­nuel Santos avançam, agora, para outra das ma­té­rias na base do con­flito: o preço dos fac­tores de pro­dução.

O diá­logo entre go­verno e pe­quenos pro­du­tores co­lom­bi­anos foi re­to­mado, do­mingo, 4. O Mo­vi­mento Dig­ni­dade Agro­pe­cuária, no en­tanto, não des­con­vocou a pa­ra­li­sação ini­ciada se­gunda-feira, 28, em todo o ter­ri­tório na­ci­onal. Pelo con­trário, a greve de­cre­tada contra o em­po­bre­ci­mento e a de­gra­dação con­tínua das con­di­ções de vida no campo, pela re­ne­go­ci­ação dos tra­tados de livre co­mércio, pela fa­ci­li­tação do acesso ao cré­dito e a di­mi­nuição dos custos de pro­dução, tem-se re­for­çado.

Na se­gunda-feira, 5, aderiu ao pro­testo a As­so­ci­ação Cam­po­nesa do Vale do Rio Ci­mi­tara, ga­lar­doada com o Prémio Na­ci­onal da Paz em 2010. Em vá­rias re­giões, pros­se­guem as ini­ci­a­tivas de ca­rácter rei­vin­di­ca­tivo, isto apesar de se ter re­gis­tado con­frontos entre ma­ni­fes­tantes e con­tin­gentes po­li­ciais em re­giões como Huila, Ca­quetá e Norte de San­tander, in­formou a Dig­ni­dade Agro­pe­cuária, que acusa as au­to­ri­dades de re­pri­mirem pro­testos pa­cí­ficos. No 1.º de Maio, em re­giões do Centro e Norte da Colômbia, re­a­li­zaram-se mar­chas e con­cen­tra­ções com po­pu­lares a ba­terem ta­chos em apoio à luta dos cam­po­neses, que ga­rantem que não re­cuam até o go­verno res­ponder às suas re­cla­ma­ções.




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