Pela paz, não à NATO!
Por iniciativa do Partido Comunista Português e por ocasião dos 65 anos da fundação da NATO, 53 partidos comunistas e operários subscreveram um apelo comum (que abaixo publicamos na íntegra) no qual denunciam a responsabilidade da Aliança Atlântica por agressões criminosas e pela militarização das relações internacionais, e apelam aos povos para que «reforcem a luta contra a guerra e a NATO, pela construção de um futuro de paz, progresso e justiça social».
«Reafirmamos a nossa solidariedade aos povos que resistem»
«Desde a sua criação, há 65 anos, a NATO surge como o bloco político-militar do imperialismo, uma peça central da sua estratégia de domínio e exploração e de confronto com a então URSS e os países socialistas.
«A NATO é responsável pela incessante corrida aos armamentos, sendo os EUA e seus aliados responsáveis por mais de dois terços das despesas militares no mundo.
«Os EUA e países da NATO promovem a expansão da sua rede mundial de bases militares, procurando alargar as suas zonas de influência.
«Proclamando o seu conceito estratégico abertamente ofensivo, a NATO ampliou o âmbito territorial das suas acções de ingerência, de agressão e ocupação, para aprofundar o seu papel como braço armado dos grandes monopólios transnacionais.
«Os EUA e seus aliados da NATO são responsáveis por inúmeros crimes e destruições, por brutais agressões – como à Jugoslávia, ao Afeganistão, ao Iraque ou à Líbia – e ingerências – como as provocadas contra a Síria –, ou ameaças – como as dirigidas contra o Irão.
«Os EUA, a NATO e a União Europeia – o seu pilar europeu –, são responsáveis pela crescente militarização das relações internacionais e pela promoção da escalada de tensão e de guerra contra a soberania dos povos e a independência dos estados, seja no Médio Oriente, em África, no Extremo Oriente ou na América Latina.
«No momento em se assinala os 65 anos da criação da NATO – numa situação internacional marcada pela crise do capitalismo, pela ofensiva exploradora, anti-democrática e agressiva do imperialismo, por complexos processos de rearrumação de forças no plano internacional, e pela resistência e luta dos trabalhadores e dos povos:
– Exigimos a dissolução da NATO e apoiamos o direito soberano dos povos de decidir da desvinculação dos seus países desta aliança agressiva;
– Reafirmamos a nossa oposição ao alargamento da NATO, à militarização da União Europeia e à sua política militarista e intervencionista;
– Exigimos o fim da corrida aos armamentos, da instalação do novo “sistema anti-míssil” dos EUA e da NATO na Europa, o desarmamento nuclear, a completa destruição das armas de destruição massiva e o fim das bases militares estrangeiras;
– Exigimos a retirada imediata de todas as tropas do Afeganistão e demais países sob agressão imperialista;
– Reafirmamos a nossa solidariedade aos povos que resistem às ocupações, agressões e ingerências do imperialismo;
– Apelamos aos trabalhadores e aos povos de todo o mundo para que reforcem a luta pela paz, contra a guerra e a NATO, pela construção de um futuro de paz, progresso e justiça social, onde cada povo possa decidir livremente do seu destino».
Subescreveram o apelo, até anteontem, o PC Sul-Africano; PC Alemão; Partido Argelino para a Democracia e o Socialismo; PC da Bélgica; Partido do Trabalho da Bélgica; PC do Bangladesh; Partido dos Trabalhadores do Bangladesh; PC dos Trabalhadores da Bósnia Herzegovina; PC do Brasil; PC Britânico; Novo Partido Comunista Britânico; PC do Canadá; PC da Boémia e Morávia (República Checa); PC do Chile; Partido Progressista do Povo Trabalhador (Chipre), Partido Socialista dos Trabalhadores da Croácia; PC na Dinamarca; PC de Espanha; PC dos Povos de Espanha; Partido dos Comunistas da Catalunha; PC dos EUA; PC das Filipinas (1930); PC da Finlândia; PC da Grécia; PC Unificado da Geórgia; Partido dos Trabalhadores da Hungria; PC da Índia; PC da Índia (marxista); Partido do Povo do Irão; PC da Irlanda; PC de Israel; Partido dos Comunistas Italianos; PC Libanês; PC Luxemburguês; PC de México; Partido Popular Socialista, (México); PC Palestiniano; Partido do Povo do Panamá; PC do Paquistão; PC Peruano; PC Português; PC da Federação Russa; PC Sírio; PC Sudanês; PC da Suécia; PC da Turquia; PC do Uruguai; PC da Venezuela; PC da Dinamarca; Novo Partido Comunista da Holanda. E ainda, União do Povo Galego; PC Dinamarquês; Pólo de Renascença Comunista de França.