Combater o imperialismo
Representantes de movimentos da paz de vários países e muitas personalidades sérvias participaram, no fim-de-semana, em Belgrado, numa conferência internacional que lembrou os 15 anos da agressão da NATO à Jugoslávia (ver página 24). A iniciativa, promovida pelo Fórum de Belgrado para um Mundo de Iguais, organização sérvia membro do Conselho Mundial da Paz, que se associou ao evento, debateu questões como a importância da luta pela paz face à ofensiva imperialista, o papel da NATO e o seu avanço para Leste ou as ingerências em curso em países como a Venezuela, a Síria ou a Ucrânia.
Especial destaque mereceu a evocação da agressão contra a antiga Jugoslávia e o que ela representou ao nível da estratégia agressiva da NATO, da utilização de armas com urânio empobrecido, da propaganda e, claro, da destruição e do sofrimento que provocou. Entre os participantes desta conferência estavam o presidente do Fórum de Belgrado e ex-ministro da República Federal da Jugoslávia, Zivadin Jovanovic, a presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, e Ilda Figueiredo, presidente do CPPC.
Na sexta-feira, véspera da conferência, teve lugar na capital sérvia uma reunião da região Europa do Conselho Mundial da Paz, da qual o CPPC é a organização coordenadora. As estruturas presentes, oriundas de diversos países europeus, realçaram a necessidade de uma maior cooperação entre si e destacaram a necessidade de assinalar datas históricas como os cem anos do início da Primeira Guerra Mundial, e 75 anos da Segunda, bem como os 65 anos da criação do movimento mundial da Paz e da NATO. Em foco nesta reunião esteve ainda a denúncia da União Europeia como braço europeu da NATO.
No fim-de-semana anterior, mas em Praga, realizou-se outra iniciativa no quadro do Conselho Mundial da Paz (promovida pela organização Soldados contra a Guerra, igualmente membro do CMP), para lembrar a ocupação nazi do país.
À margem destas iniciativas, realizou-se uma visita à cidade checa de Lídice, que foi totalmente arrasada pelos nazis e que permanece, ainda hoje, como um pungente memorial contra a guerra e o fascismo. O CPPC fez-se representar na República Checa pelo seu dirigente Filipe Ferreira.