No dia 5, em reunião extraordinária da Câmara de Lisboa, foi aprovada a lista nominativa de transição dos trabalhadores a transferir numa primeira fase para as juntas de freguesia. Os dois vereadores do PCP votaram contra esta proposta, que «irá prejudicar os trabalhadores e os serviços».

«O PCP não concorda que a Câmara de Lisboa deixe de ter, ao nível municipal, políticas em áreas tão importantes como parte da Higiene e Limpeza Urbana, Educação, Desporto, Acção Social, ao mesmo tempo que trabalha para desmantelar sectores operacionais que abrirão caminho à destruição do sector público e à sua privatização», lê-se numa nota de imprensa.

Recorde-se que dos 1078 trabalhadores a transferir nesta primeira fase, correspondentes às áreas de limpeza e equipamentos, 352 pronunciaram-se no período de audiências de interessados contra os termos da sua transferência, mas só 84 trabalhadores viram os seus pedidos deferidos, sendo que destes apenas dez se mantêm na Câmara de Lisboa.

Os 268 trabalhadores que não tiveram os seus pedidos deferidos, independentemente da fundamentação que apresentaram ao executivo PS na Câmara de Lisboa, foram obrigados a transitar para as juntas de freguesia, mesmo contra a sua vontade.

«Esta situação ainda se torna mais grave uma vez que se desconhece a posição dos restantes 726 trabalhadores, tornando visível o clima de insegurança laboral que se vive», acusa o PCP.