Cinco meses de terror
Cinco meses depois de inaugurado, o Centro Escolar Vipasca «continua a aguardar soluções para os vários problemas de construção e de outra ordem», denunciam os vereadores da CDU na Câmara de Aljustrel.
O equipamento custou dois milhões de euros
Após os vários apelos e preocupações transmitidos por pais, encarregados de educação, professores e educadores, e de deslocações ao local, os eleitos do PCP alertaram a autarquia, no dia 19, para os problemas que se arrastam no Centro Escolar Vipasca – que custou cerca de dois milhões de euros – e exigiram a sua «resolução urgente».
«Poucas semanas depois da sua entrada em funcionamento ruíram alguns equipamentos estruturais, destinados à protecção do sol e do calor, chegando a ser removidos na sua totalidade por questões de segurança», informaram os vereadores comunistas. Os equipamentos de climatização não estão, de igual forma, a funcionar.
«O frio dentro das salas de aula e corredores toma conta dos alunos, docentes e pessoal não docente, prejudicando em grande parte as actividades lectivas», ilustraram os eleitos, antevendo que no Verão «o calor dentro do edifício, nomeadamente nas salas de aula, irá ultrapassar largamente os valores recomendados».
No Centro Escolar, entre outros problemas denunciados, o «elevador existente no edifício não funciona», os «equipamentos para aquecimento de água continuam sem funcionar», «não existem espaços cobertos adequados», o «pessoal não docente tem de recorrer à colocação de aquecedores nos corredores onde realizam tarefas de vigilância», o «sistema de ventilação das salas de aula não funciona», as «salas de aula do primeiro ciclo são desadequadas à quantidade de alunos que comportam», as «salas do pré-escolar estão mal dimensionadas e equipadas com mobiliário denso» e as «crianças de três, quatro e cinco anos têm de conviver, na sua sala de aula, com equipamentos em metal com ângulos inadequados».
Naquele equipamento, segundo os eleitos do PCP, há ainda insuficiência de «placards para afixação de trabalhos dos alunos nas salas de aula» e de «bancos nos recreios, em particular junto aos equipamentos lúdicos», existem «buracos no pavimento do espaço exterior destinado ao recreio e alguns restos de obras, em determinados locais, ainda por remover» e o «espaço exterior é exíguo e notoriamente insuficiente para, em período de recreio, acolher o grande número de alunos que ali se concentra».