Saúde em perigo iminente

As comissões de utentes da saúde dos concelhos da Amadora e de Sintra convocaram para ontem, ao final da tarde, uma vigília junto ao Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Em causa estão os recentes acontecimentos ocorridos nesta unidade, nomeadamente as «mais de 12 horas de espera», a «demissão da direcção do serviço de urgência» e a «perda de vida humana em função das horas de espera», situações que reflectem o cenário que as comissões de utentes apontam há longos anos como «perigo iminente a acontecer».

«O Hospital Amadora-Sintra abrange uma área de intervenção demasiado extensa, situação que acarreta consequências dramáticas ao nível da celeridade na prestação dos seus serviços, sendo constantes as situações de sobrelotação e intermináveis horas de espera para aqueles que recorrem ao serviço de urgência», salienta, em nota de imprensa, a Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra, informando que o hospital em causa abrange uma área de cerca de 650 mil utentes e que o Governo vai reduzir 300 milhões de euros no Orçamento do Serviço Nacional de Saúde, corte que corresponde, nas unidades de saúde, a nove por cento em relação a 2011, perspectivando-se um «maior agravamento no Hospital Amadora-Sintra».

No documento enviado às redacções, a Comissão de Utentes reclama ainda a «construção de um hospital público no concelho de Sintra».

Portimão

No sábado, mais de 300 pessoas concentraram-se junto à entrada do Hospital do Barlavento Algarvio em protesto contra a austeridade e os cortes financeiros na saúde. «Governo rua», «Melhor saúde» e «A saúde é um direito» foram algumas das palavras de ordem entoadas no protesto.

Em declarações à Lusa, Maria José Pacheco, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses indicou que «faltam as condições mínimas para prestar cuidados de excelência às pessoas e, neste momento, até com um mínimo de dignidade».




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