Uma certeza para 2014

A luta continua!

Grande parte das lutas de trabalhadores que ocorreram em 2013 vai ter continuação no novo ano. É que, ao contrário do que repetem governantes e comentadores do sistema, não vai haver «inversão do ciclo» enquanto não mudar o Governo e a política que ele executa e cujas consequências vão continuar a manchar o dia-a-dia e as perspectivas de futuro da esmagadora maioria dos portugueses.


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Fuga vitoriosa rumo a Abril

A evocação da fuga da cadeia do Forte de Peniche de 3 de Janeiro de 1960 marcará o encerramento das comemorações do centenário de Álvaro Cunhal e constituir-se-á no elo de ligação entre este centenário (acontecimento marcante da vida do Partido com grande projecção na sociedade portuguesa) e as comemorações do 40.º aniversário da Revolução de Abril, que se vão assinalar em 2014.

Boas greves e melhores manifestações

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Para qualquer balanço que se faça do ano que hoje finda, é imprescindível considerar a persistente, constante e determinada movimentação de trabalhadores dos mais diversos sectores, profissões, regiões. Ela assumiu também diversas formas e os seus objectivos, em frequentes ocasiões, foram partilhados com milhares de pessoas de outros estratos sociais e foram um estímulo para romper desânimos, alargar unidade, resistir ao aumento da exploração e ao empobrecimento do povo, para suster a política de direita das últimas décadas e construir uma alternativa com raízes na revolução de Abril.

Foram os trabalhadores os mais atingidos, em mais um ano de ataque do Governo do PSD e do CDS-PP, de Passos Coelho e de Paulo Portas, submissos à troika dos usurários estrangeiros, por via de um pacto de agressão que compromete também o PS. Mas os trabalhadores também foram, entre os atingidos, os mais conscientes e os mais organizados. Deram luta em todas as frentes, forçaram recuos e alcançaram vitórias, provaram estar certos e ganharam apoios.

Neste suplemento, recordamos lutas de trabalhadores que marcaram os doze meses de 2013, num levantamento em que não cabem, sequer, todas as que foram por nós noticiadas. Cada leitor acrescentará casos que recorda ou em que, muito provavelmente, participou. Nas imagens, a que damos lugar de destaque, espera-se que todos se revejam, na mancha da multidão, na expressão dos rostos, no momento único, no sentimento comungado.

Este é um registo de 2013 que faz falta destacar. É também uma ponte para as lutas que se perspectivam no novo ano e que temos que enfrentar com realismo e confiança.

Esta é também a nossa maneira de felicitar todos os trabalhadores que estiveram e vão continuar em luta, desejando boas greves e melhores manifestações em 2014.