Exposição evocativa de Álvaro Cunhal no Porto

Inauguração no sábado

A exposição é inaugurada no sábado às 16 horas, num acto público em que participa Jerónimo de Sousa. A mostra estará patente no Centro de Congressos da Alfândega do Porto até ao dia 15 de Dezembro. 

O funcionamento da exposição é assegurado pela militância

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A exposição «Vida, Pensamento e Luta: Exemplo que se Projecta na Actualidade e no Futuro», que alcançou um enorme êxito em Lisboa – onde foi visitada por mais de 20 mil pessoas – está agora à disposição dos trabalhadores e do povo não só do distrito do Porto mas de todo o Norte do País. A mostra consta de um valioso conjunto de elementos fotográficos, audiovisuais e documentais, e de objectos, livros, desenhos, pinturas e reconstituições escultóricas, com a qual se pretende evocar uma vida intensa, vivida ao serviço do Partido, do povo e do País, e um pensamento político sólido e de grande actualidade.

Merecem destaque, particularmente, as esculturas evocativas de situações e momentos relevantes da história do PCP e do próprio Álvaro Cunhal, como a tipografia clandestina (o «coração da luta popular»); uma reunião do Partido na clandestinidade; a bibicleta, meio de transporte e suporte fundamental da actividade partidária e da distribuição da imprensa até aos anos 60; ou a reconstituição, à escala real, da sua cela na Penitenciária de Lisboa, onde esteve encerrado vários anos e onde escreveu e desenhou parte importante da sua obra teórica, literária e artística. No espaço da exposição haverá um auditório com uma programação diária diversificada (ver noutro texto desta página).

A exposição pode ser visitada nos seguintes horários: de terça a quinta-feira, das 10 às 18 horas; e às sextas-feiras, sábados e domingos das 10 às 19h30. A entrada é livre. As visitas guiadas (para grupos entre 15 e 20 pessoas) podem ser marcadas no local, de terça-feira a sábado, entre as 10h30 e as 11h30 e entre as 16h00 e as 17h00. As visitas organizadas estão sujeitas a marcação prévia, através do endereço de correio electrónico [email protected].

A assegurar o funcionamento da exposição estarão, como normalmente sucede nas iniciativas promovidas pelo PCP, militantes e amigos do Partido que, de forma abnegada e voluntária, garantem os serviços necessários.

 

Comunistas do Porto falam da exposição

«Proporciona o contacto com muita gente»

A escassos dias da inauguração da grande exposição do Centenário de Álvaro Cunhal no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, o Avante! entrevistou José Moreira, responsável pelas comemorações do centenário na Organização Regional do Porto, e Ana Valente, membro do Comité Central e responsável pela exposição.

 

Qual é, em vossa opinião, a importância desta exposição para a organização do Partido no Porto que, não esqueçamos, se tem vindo a reforçar ao longo dos anos? Pode a exposição ser, em si mesma, um factor de reforço do Partido?

Ana Valente (AV) – É muito importante para o Partido receber esta exposição aqui no Porto. Através dela, vamos poder contactar com milhares de pessoas, algumas delas organizadas ao nível sindical ou associativo, o que, para além de permitir divulgar a vida e obra de Álvaro Cunhal, pode também levar ao reforço da organização. Será uma boa oportunidade para que aqueles que ainda não deram o passo de aderir ao Partido se decidam a fazê-lo.

José Moreira (JM) – Desde o início da discussão em torno dos preparativos do Centenário que o Secretariado da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP) entendeu que esta exposição devia vir ao Porto. Isto porque é inegável que há um reforço do Partido no distrito, que valorizámos na última Assembleia de Organização Regional – realizada em 2012 –, e que se tem vindo a reflectir de eleição em eleição. Neste sentido, a vinda da exposição poderá ser um contributo para o reforço cada vez maior da organização do Partido, pois proporciona o contacto com muitas pessoas que não têm regularmente contacto com a nossa actividade, além de outras que ficarão a conhecer melhor a dimensão da obra de Álvaro Cunhal.

 

Qual o alcance que as comemorações do centenário têm tido no distrito?

JM – Tem sido grande. Do que é do nosso conhecimento, são mais de três dezenas as iniciativas já realizadas. Algumas da responsabilidade do Partido e outras de entidades exteriores à organização, como é o caso das bibliotecas de Vila de Conde, Amarante e Trofa, da União de Sindicatos do Porto, da Interjovem/Porto, das escolas secundárias de São Pedro da Cova e Arcozelo, da Associação Flor de Infesta… No conjunto das iniciativas estima-se a participação em mais de três mil pessoas.

 

O que está a ser feito para levar a exposição à população do Porto?

AV – Já várias organizações marcaram visitas à exposição, foram feitas centenas de contactos com organizações diversas, foi afixada propaganda pela região, sem esquecer o contacto directo com os trabalhadores nas empresas, através de inúmeras distribuições de documentos.

JM – A comissão do centenário convidou várias instituições e personalidades do Norte do País. Estão a ser dados passos no sentido de ninguém ficar alheio a esta exposição. A maior parte das organizações do Partido estão a dar grande importância à exposição, sendo que, como é óbvio, ainda há muito trabalho a fazer para melhor a divulgar.

 

Se quiserem convencer alguém a ir à exposição, como certamente já fizeram, o que dizem? Qual o principal argumento que usam para destacar a importância do contributo deixado por Álvaro Cunhal e levar alguém a visitar a exposição?

JM – Álvaro Cunhal foi um camarada com um papel importantíssimo em grande parte da história do século XX da sociedade portuguesa e um destacado dirigente do movimento comunista internacional. Tem uma notável obra teórica, criou um património considerável no campo da literatura e da pintura e deu uma contribuição decisiva para a construção do Partido Comunista Português. Isso faz dele uma personalidade que vai para além do Partido. A grande tarefa que temos pela frente é cativar a massa mais jovem, especialmente a juventude trabalhadora, a ver a exposição para conhecer melhor o que foi o exemplo, a obra e a luta de Álvaro Cunhal.


Programa do auditório

Domingo, 1

11.00 horas: Projecção do vídeo «Os Barrigas e os Magriços»

17.00 horas: Projecção do vídeo da iniciativa de abertura das comemorações do centenário, na Aula Magna em Lisboa, a 19 de Janeiro de 2013

 

Terça-feira, 3

17.00 horas: Projecção do vídeo «Conferência de Álvaro Cunhal sobre Soeiro Pereira Gomes»

 

Quarta-feira, 4

17.00 horas: Projecção do vídeo da entrevista a Álvaro Cunhal por José Alberto Carvalho (SIC, 1993)

 

Quinta-feira, 5

17.00 horas: Projecção do vídeo da entrevista a Álvaro Cunhal por Judite de Sousa por ocasião dos 80 anos do PCP (RTP1, 2001)

 

Sexta-feira, 6

17 horas: Projecção do vídeo da entrevista a Álvaro Cunhal por Margarida Marante (RTP1)

 

Sábado,7

11.00 horas: Projecção do vídeo «Os Barrigas e os Magriços»

15.30 horas: Debate «A Alegria de Viver e de Lutar! Tomar Partido!», com Jaime Toga (da Comissão Política), Joaquim Almeida (da Comissão das Comemorações) e André Martelo (dirigente da JCP)

 

Domingo, 8

10.30 horas: Teatro «Os Barrigas e os Magriços» (Teatro Nova Morada)

11.00 horas: Atelier com crianças

12.00 horas: Teatro «Os Barrigas e os Magriços» (Teatro Nova Morada)

17.00 horas: Projecção do vídeo da sessão cultural evocativa, realizada na Aula Maga em Março de 2013

 

Terça-feira, 10

17.00 horas: Projecção do vídeo da entrevista a Álvaro Cunhal por Clara Ferreira Alves (RTP 1)

 

Quarta-feira, 11

17.00 horas: projecção do vídeo da entrevista a Álvaro Cunhal por José Alberto Carvalho (SIC, 2010)

 

Quinta-feira, 12

17.00 horas: Projecção do vídeo «Conferência de Álvaro Cunhal – Portugal, ano 2000», na Faculdade de Direito de Lisboa, Janeiro de 1987

 

Sexta-feira, 13

17.00 horas: Projecção do vídeo da entrevista a Álvaro Cunhal por Mário Crespo (RTP, 1990)

 

Sábado, 14

11.00 horas: Projecção do vídeo «Os Barrigas e os Magriços»

17.00 horas: Projecção do vídeo sobre o comício comemorativo do centenário, realizado no dia 10 de Novembro do Campo Pequeno. Apresentação de João Frazão, da Comissão Política

 

Domingo, 15

11.00 horas: Projecção do vídeo «Os Barrigas e os Magriços»

17.00 horas: Projecção do vídeo «Conferência de Álvaro Cunhal sobre arte», na Universidade de Coimbra.




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