URSS com nota positiva

A União So­vié­tica tinha mais as­pectos po­si­tivos do que ne­ga­tivos, afir­maram 59 por cento dos russos in­cluídos numa pes­quisa ela­bo­rada pela FOM e di­vul­gada no pas­sado mês de Ou­tubro pela agência In­terfax. No mesmo es­tudo, 43 por cento dos in­qui­ridos ma­ni­fes­taram-se fa­vo­rá­veis ao re­gresso do co­mu­nismo à Rússia, contra 38 por cento a quem a ideia não agrada e 19 por cento de in­de­cisos.

Mais de­ta­lha­da­mente, 37 por cento dos in­qui­ridos afir­maram que a pa­lavra co­mu­nismo lhes su­geria algo ma­ra­vi­lhoso, muito bom ou po­si­tivo, sus­ci­tava nos­talgia ou a ideia de uma vida boa e es­tável, contra 18 por cento para quem a pa­lavra está as­so­ciada ao pas­sado, a des­gosto, e pro­vo­cava sen­ti­mentos e co­no­ta­ções ne­ga­tivas.

Quanto ao sig­ni­fi­cado con­creto da pa­lavra co­mu­nismo, 23 por cento res­pondeu que cor­res­ponde a uma so­ci­e­dade justa onde todos são iguais e a pro­pri­e­dade comum, nove por cento res­pondeu que de­fine um sis­tema po­lí­tico e so­cial, e 12 por cento que sig­ni­fi­cava uma vida me­lhor e mais es­tável do que ac­tu­al­mente. De acordo com a mesma fonte, al­guns destes úl­timos terão mesmo ex­presso acordo com o prin­cípio «a cada um se­gundo as suas ca­pa­ci­dades, a cada um se­gundo as suas ne­ces­si­dades».

Ins­tados a apon­tarem os as­pectos po­si­tivos e ne­ga­tivos da URSS, 33 por cento in­di­caram as ga­ran­tias so­ciais e a es­ta­bi­li­dade, 14 por cento o sis­tema de jus­tiça e equi­dade so­cial, nove por cento o Es­tado de di­reito, a se­gu­rança e a dis­ci­plina, sete por cento va­lo­raram o pleno em­prego e ou­tros tantos a fra­ter­ni­dade e en­tre­a­juda.

Pelo con­trário, nove por cento cri­ti­caram as res­tri­ções aos di­reitos e li­ber­dade co­lec­tivos, sete por cento acu­saram o sis­tema so­ci­a­lista de re­primir a li­ber­dade in­di­vi­dual e ou­tros tantos apon­taram como prin­cipal de­feito a ca­rência de bens de pri­meira ne­ces­si­dade. Seis por cento ma­ni­fes­taram-se contra os abusos de au­to­ri­dade e cinco por cento contra a re­pressão.



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