A actualidade de um ideal

«Este grande e belo comício é um momento alto das comemorações do centenário de Álvaro Cunhal», lembrou Luísa Araújo, do Secretariado do Comité Central, a quem coube dirigi-lo. Depois de chamar ao palco os representantes da JCP, das organizações regionais do PCP, da Comissão Central de Controlo, do Comité Central e seus organismos executivos e o Secretário-geral do Partido, a dirigente comunista saudou todos os presentes – militantes do PCP, representantes de organizações sociais, sindicais e associativas, democratas e patriotas – e, em especial, a participação de um «grande número de delegações estrangeiras que participaram no 15.º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários».

Do comício, como em geral das comemorações do centenário, sobressai uma clara afirmação da «actualidade do pensamento e da luta» de Álvaro Cunhal, salientou Luísa Araújo, lembrando a «justeza das posições, orientações e alertas que fez» sobre diversas questões, que a vida se encarregou e encarrega de comprovar todos os dias. Assim, acrescentou, o comício é igualmente uma afirmação da «actualidade do ideal por que lutam os comunistas portugueses», citando em seguida Álvaro Cunhal, segundo o qual o ideal comunista «é, para nós, não só um projecto para o futuro, mas um ideal cuja concretização se prepara e desenvolve numa atitude de reflexão, de crítica, de intervenção, de luta incessante e convicta para transformar o presente».

Luísa Araújo voltaria ao palanque depois das intervenções e dos hinos para dar por encerrada a iniciativa, não deixando de lembrar que as comemorações do centenário prosseguem até ao início de Janeiro (dias 3 e 4 em Peniche), quando se dará início às celebrações dos 40 anos do 25 de Abril, «demonstrando que tudo isto anda ligado na luta que continua (por Abril, pela democracia avançada, pelo socialismo e o comunismo) rumo à vitória».

 



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