«Álvaro Cunhal e o internacionalismo» é o título principal da edição de Novembro/Dezembro da revista O Militante, que está à venda a partir de hoje. Mantendo a mesma lógica de edições anteriores, em que se sublinhou o pensamento de Álvaro Cunhal relativamente a um conjunto de importantes temáticas, neste número realça-se o pensamento do histórico dirigente comunista relativamente ao internacionalismo, patente num conjunto de citações relativas a esta matéria, extraídas de intervenções em congressos, comícios e conferências, artigos e de obras como os relatórios ao IV e ao VI congressos (de 1946 e 1965) ou o Rumo à Vitória. Nestas citações, assumida e evidentemente insuficientes para demonstrar toda a dimensão do seu pensamento, fica no entanto clara a «contribuição de Álvaro Cunhal para o fortalecimento e unidade do movimento comunista e internacional e para o reforço da aliança de todas as forças da paz, do progresso social e do socialismo», como se lê no texto de abertura.

Para além do tema central do centenário de Álvaro Cunhal, esta edição de O Militante tem, como texto de Abertura, «Prosseguir a luta. Melhores condições, maiores exigências», no qual se conclui haver hoje – após as eleições autárquicas e a jornada da CGTP-IN de 19 de Outubro – condições para «alargar e intensificar a luta popular de massas». Na rubrica Organização apontam-se as tarefas imediatas para reforçar o PCP, entre as quais sobressaem o recrutamento, a organização e intervenção nas empresas e locais de trabalho, a garantia da independência financeira do Partido.

Nesta edição, que contém ainda o comunicado da reunião do Comité Central de 1 de Outubro e os resultados eleitorais de 29 de Setembro, há ainda um conjunto valioso de textos assinados: «A luta em marcha por Abril» e «Para onde vai o dinheiro?», da autoria dos membros da Comissão Política João Frazão e Vasco Cardoso; «1923-1943: vinte anos decisivos na vida do Partido», de Maria da Piedade Morgadinho, da Comissão Central de Controlo; «Contra a chantagem política. Argumentos para a luta ideológica», de João Oliveira, presidente do Grupo Parlamentar do PCP; «Os partidos não são todos iguais», de António Filipe, deputado e membro do CC; «Dois anos do pacto de agressão. Portugal – um país empobrecido, mais desigual e mais injusto», de José Alberto Lourenço; e «Terror e militarismo na estratégia dos EUA para enfrentar a crise», de Luís Carapinha.