Divulgar o teatro amador
Devido à greve convocada para amanhã por alguns sindicatos da função pública, inicia-se hoje, dia 7 de Novembro, a 17.ª Mostra de Teatro de Almada, que vai decorrer em sete espaços do concelho. O certame integra a apresentação de oito estreias e visa divulgar o teatro amador que é feito, ao longo do ano, em Almada.
O dilema de muitos portugueses entre ficar em Portugal ou emigrar é o tema da peça que abre o certame: «Partir», de Sarah Adamopoulos, que será hoje apresentada no Auditório Fernando Lopes-Graça, no Fórum Municipal Romeu Correia.
Tchekhov, Georg Büchner, Herberto Helder, Raul Brandão, Álvaro Cunhal e Jacinto Lucas Pires contam-se entre os autores representados nesta edição da mostra.
A Menina dos Meus Olhos, Artes e Engenhos, Cénico da Incrível Almadense, Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria (GITT) – o mais antigo grupo de teatro amador do concelho de Almada –, Grupo de Teatro da Associação Manuel da Fonseca e Ninho de Víboras são alguns dos colectivos que participam na mostra.
Entre as estreias contam-se as produzidas pelos dois grupos de teatro universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa.
O Novo Núcleo Teatro (NNT) estreia «Deambulações ou possíveis regressos», com base na versão de Herberto Helder de «Húmus», de Raul Brandão, e o coletivo Artes e Engenhos retoma «Ferida aberta Woyzeck», de Georg Büchner, a partir dos materiais de arquivo do Teatro da Cornucópia, que já encenou esta peça do dramaturgo alemão.
Uma tertúlia sobre a dramaturgia e o espectáculo «O meu Fado – Muito mais do que uma pirosa estória de amor», a apresentar nos Recreios Desportivos da Trafaria, pelo GITT, fundado em 1972 e o mais antigo grupo amador de Almada, encerra a mostra.