Privatização dos seguros da CGD

Frete ao grande capital

A aprovação pelo Conselho de Ministros, a 29 de Agosto, do caderno de encargos do processo de privatização das empresas seguradoras da Caixa Geral de Depósitos (CGD) constitui «mais um grave crime político e económico cometido contra os interesses nacionais», afirma o PCP numa nota emitida no passado dia 30, na qual se recorda que a actividade seguradora do Grupo Caixa (Fidelidade, Multicare e Cares) teve lucros de 76 milhões de euros no primeiro semestre deste ano (mais do dobro dos resultados obtidos em igual período do ano passado).

Para o PCP, a decisão tomada, «a coberto do pacto de agressão», significa um «enorme frete/prémio» aos grupos financeiros privados, nacionais e estrangeiros, que dominam o sector segurador e Portugal, enfraquece o grupo financeiro público da CGD e a capacidade reguladora do Estado, e deixa o sector praticamente nas mãos do capital estrangeiro. Com a venda da Fidelidade, «que lidera destacada o sector em Portugal (quota de cerca de 30%) e é sexta no mercado ibérico de seguros», o Governo vai promover o reforço da «monopolização» de um «sector já fortemente oligopolizado», afirma-se no texto, que destaca também o facto de se ir reforçar a «predação económica» que há muito vem sendo efectuada sobre os clientes, «nomeadamente pequenas e médias empresas, com manifestos abusos de posição dominante e de dependência económica pelas seguradoras».

Denunciando a «gravidade política» da decisão do Governo PSD/CDS-PP, o PCP anuncia que irá tomar as iniciativas pertinentes, na Assembleia da República, para travar esta privatização.



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