Três dias de greve na SPdH

Após uma «reunião inconclusiva» com a administração, no dia 22, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos confirmou a realização, a partir de amanhã, de uma greve de três dias, na assistência a passageiros, bagagens e carga (handling).

A paralisação foi decidida no quadro da luta contra a prática de horários de trabalho prolongados e com constantes alterações, bem como contra a falta de medidas para a acordada redução do recurso ao trabalho temporário – objectivos que estiveram na origem da greve realizada a 15 de Agosto, com muito forte adesão (como noticiámos na semana passada).

Na reunião com os sindicatos, a administração da SPdH (empresa que opera com a designação comercial Groundforce Portugal) não aceitou um compromisso expresso e «apenas se comprometeu a, num futuro próximo, melhorar os horários que estão hoje implementados, o que consideramos ser manifestamente insuficiente», refere-se num comunicado do Sitava/CGTP-IN.

O sindicato refutou as afirmações de que a empresa estaria a pôr em prática melhorias nos horários e defendeu «horários equilibrados entre as necessidades da operação e as necessidades dos trabalhadores», com expressão em duas medidas concretas:

horários de 7,5 horas para todos os trabalhadores;

rotações o mais regulares possíveis (o sistema 4x2 será o modelo ideal, mas não a única solução no imediato).

Acrescenta o sindicato que, com isto, haveria ganhos imediatos da empresa, em diminuição do absentismo e aumento da produtividade e da motivação dos trabalhadores.

Para anteontem, estava prevista a realização de plenários sectoriais, para informar os trabalhadores sobre a reunião com a administração.

Fernando Henriques, dirigente do Sitava, explicou à agência Lusa que a administração, até a greve começar, «terá sempre possibilidade de reflectir a apresentar melhorias concretas», único dado que poderia levar o sindicato a analisar com os trabalhadores a suspensão da greve.




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