Estando a decorrer desde o início do ano e prolongando-se até Janeiro do próximo ano, as comemorações terão como fase mais significativa o dia 10 de Novembro, em que se perfazem os cem anos do nascimento de Álvaro Cunhal, e o período envolvente. Por todo o País terão lugar as mais diversas acções. O Comício Comemorativo, dia 10 de Novembro, às 15 horas, no Campo Pequeno, em Lisboa, será o momento maior.

Um Comício Comemorativo que será uma oportunidade para evidenciar o papel de Álvaro Cunhal, o homem, o comunista, o intelectual, o artista, o seu percurso de vida inseparável do Partido Comunista Português e da causa pela qual lutou, o seu pensamento a que a vida deu e dá razão e o ideal e o projecto comunista a que dedicou a sua vida.

Um Comício Comemorativo que se realiza num período da vida nacional sem paralelo desde os tempos sinistros do fascismo, marcado por uma crise económica, social, política e institucional, em consequência de décadas de política de direita, concretizando a essência da natureza do capitalismo e do processo de integração na União Europeia, ao serviço dos grupos monopolistas. Nesta situação, com o agravamento da exploração, o empobrecimento, a destruição das estruturas produtivas, a acentuação das injustiças e desigualdades, o comprometimento da democracia e da soberania nacional, o Comício Comemorativo constituirá uma grande afirmação da necessidade e da urgência de uma ruptura com o rumo de desastre nacional em curso e da abertura de um caminho novo para o País, vinculado aos valores de Abril.

Um Comício Comemorativo em que intervirá o Secretário-geral do Partido Comunista Português e que integrará as comemorações do centenário de Álvaro Cunhal na resposta e iniciativa do PCP, com os trabalhadores, a juventude e o povo português, os democratas e patriotas, à situação actual. Resposta e iniciativa com uma inabalável determinação e confiança na luta que continua pela ruptura com a política de direita, pela rejeição do pacto de agressão, pela concretização de uma política e um governo patrióticos e de esquerda, por uma democracia avançada tendo no horizonte uma sociedade nova, liberta da exploração do homem pelo homem, a sociedade socialista.