Parlamentares retidos na Europa
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Álvaro Cunhal tem 14 anos quando nasce sua irmã Maria Eugénia. Até ao final da vida foram anos de uma intensa relação, pródiga em afectos. Esse é um traço forte que perpassa a entrevista que Maria Eugénia Cunhal nos concedeu, ao falar do irmão nos seus anos de juventude.
Afável, recebe-nos em sua casa. A conversa flui. A memória recua e organiza o pensamento.
«O Aborto: Causas e Soluções» foi a tese defendida por Álvaro Cunhal, em Julho de 1940, no seu exame de licenciatura do 5.º ano jurídico na Faculdade de Direito de Lisboa. O original, tal como o exame, tem uma acidentada história, pois Álvaro Cunhal tinha sido preso pela PIDE em Maio de 1940 e entre a documentação então apreendida encontrava-se um exemplar dactilografado da sua tese, não revisto nem finalizado. Em consequência de um forte movimento de solidariedade, é autorizado a ir a exame – sob escolta policial – mas não lhe é possível completar e rever o seu trabalho. Apesar disso, e perante um júri composto por célebres personalidades do fascismo, Álvaro Cunhal defendeu a sua tese, obtendo 16 valores na classificação global da licenciatura.
Jerónimo de Sousa – reagindo à declaração do Presidente da República, no domingo – apelou à «intensificação da luta dos trabalhadores e do povo» para acelerar a queda deste Governo.