TST chantageia e Governo assobia para o ar

Defender o passe social intermodal

O passe social intermodal é uma conquista de Abril que consagrou a mobilidade como um direito. O PCP quer travar a ofensiva em curso contra mais esta garantia.

O passe social intermodal é um promotor de justiça social

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Depois de várias empresas rodoviárias que operam no distrito de Lisboa terem anunciado a sua intenção de abandonar o sistema do passe social intermodal, agora foi a Transportes Sul do Tejo a fazê-lo, através da comunicação social. A empresa fez saber que a 30 de Abril denunciou os acordos dos passes sociais intermodais, ameaçando ainda que, se o Governo não cumprir o pagamento das compensações previstas referentes a 2011 e a 2012, deixará de aceitar este passe já a partir de Agosto.

Num comunicado do Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal, o PCP reprova a posição da empresa, considerando-a «contrária aos interesses das populações e da necessária estratégia de reforço do Sistema de Transportes Metropolitano, ao serviço do desenvolvimento da região». A concretizar-se, a denúncia do acordo por parte da TST afectaria gravemente a vida dos utilizadores destes passes, que passariam a ter que adquirir pelo menos dois títulos para as suas viagens diárias, e condenaria à imobilidade a parte da população com menores recursos económicos, nomeadamente a idosa e reformada.

Ligando a criação do passe social intermodal à Revolução de Abril e à consagração do direito à mobilidade, o Partido salienta que este não se limitou a facilitar as deslocações pendulares diárias, tendo aberto às populações «outras possibilidades de mobilidade, alargando-a à cultura, ao desporto, ao recreio, ao lazer, sem que tal representasse custos adicionais». Sem a TST, a abrangência e a própria utilidade do passe social intermodal ficam postas em causa.

É preciso tomar medidas

Esta não é a primeira atitude da empresa reveladora do seu descomprometimento com o serviço público, garante o PCP, recordando a redução de horários e o aumento dos preços dos bilhetes. Agora, não tem pejo em utilizar os utentes como «arma de arremesso» contra o Estado indo mesmo ao ponto de ameaçar os seus próprios trabalhadores ao dizer que os postos de trabalho «estão em causa».

O PCP, que há muito defende que o passe social deve ser válido em todos os operadores da Área Metropolitana de Lisboa, sem aumento de preços, critica também o Governo e a Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa pela cumplicidade com as intenções dos operadores privados. Que mais grave se torna quando são tão perniciosas como evidentes as consequências destas medidas junto dos utentes e da população e também na desarticulação provocada no sistema metropolitano de transportes.

O Partido exige que o Governo «chame a si a resolução deste problema, examinando o conjunto de alternativas que pode responder a esta situação». Estas tanto podem envolver a «urgente reavaliação das condições do contrato de operador de serviço de transporte de passageiros das empresas privadas que estão em confronto com as obrigações que assumiram» como também a própria possibilidade da assumpção por parte de um operador público dos actuais serviços prestados pela TST.

 



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