«Álvaro Cu­nhal e a Re­vo­lução de Abril» é o tema do dos­sier es­pe­cial da edição de O Mi­li­tante dos meses de Abril e Maio, que já se en­contra à venda. Através de ci­ta­ções de vá­rias obras e dis­cursos, é re­al­çado o con­tri­buto teó­rico e prá­tico de Álvaro Cu­nhal para a Re­vo­lução por­tu­guesa. No texto in­tro­du­tório lembra-se que «Álvaro Cu­nhal com­pre­endeu como nin­guém o ca­rácter in­dis­so­ciável da ta­refa para der­rubar o fas­cismo e da ta­refa para edi­ficar o Es­tado de­mo­crá­tico que se lhe devia se­guir, bem como das po­lí­ticas que dessem con­teúdo às rei­vin­di­ca­ções de li­ber­dade e de­mo­cracia, ob­jec­tivos con­sa­grados no Pro­grama do PCP para a Re­vo­lução De­mo­crá­tica e Na­ci­onal, de que re­al­mente a Re­vo­lução por­tu­guesa foi ex­pressão. A Re­vo­lução, como afirmou Álvaro Cu­nhal, trouxe sur­presas e ori­gi­na­li­dades, mas nas suas li­nhas fun­da­men­tais con­firmou a via e as pers­pec­tivas in­di­cadas pelo PCP».

Para além desse dos­sier es­pe­cial, a edição de O Mi­li­tante conta ainda com um ar­tigo de Aber­tura sobre o re­forço do Par­tido, sendo a secção Or­ga­ni­zação pre­en­chida com um texto sobre esse mesmo tema. Ber­nar­dino So­ares, Jorge Pires e Mar­ga­rida Bo­telho, todos da Co­missão Po­lí­tica, re­flectem res­pec­ti­va­mente sobre «Pacto de agressão – o ac­tual ca­pí­tulo da po­lí­tica de di­reita», «A po­lí­tica de uni­dade do Par­tido e a im­por­tância do tra­balho po­lí­tico uni­tário» e «Al­gumas notas sobre os mo­vi­mentos “inor­gâ­nicos”». Ca­rina Castro, do CC, es­creve sobre o XIX Con­gresso do Par­tido e a co­mu­ni­cação so­cial, ao passo que Ana Avoila aborda a luta dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica e Sofia Lisboa, da JCP, a uni­dade e luta no En­sino Su­pe­rior.

José Al­berto Lou­renço, em Eco­nomia, des­monta «A mis­ti­fi­cação do “re­gresso aos mer­cados”» e Jorge Ca­dima ana­lisa as elei­ções ita­li­anas.