A verdadeira face da agressão
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) condena os ataques do exército israelita à Síria, que constituem uma «inaceitável agressão à soberania e ao povo sírio».
Guerra de agressão instigada, fomentada e apoiada do exterior
Esta nova agressão vem mostrar, segundo o CPPC, que o que está efectivamente a acontecer na Síria «é uma guerra de agressão instigada, fomentada e apoiada do exterior, nomeadamente pelos EUA, a França, a Grã-Bretanha ou a Alemanha, e os seus aliados na região, como Israel, a Turquia, a Jordânia e as ditaduras do Golfo Pérsico, como a Arábia Saudita ou o Qatar».
Em nota de imprensa, divulgada no início da semana, o CPPC salienta que os ataques à Síria vêm demonstrar «o desespero daqueles que, confrontados com o facto de que a táctica de desestabilização da Síria – fomentando a dissensão interna e armando os grupos terroristas que atacam este país – não está a atingir o objectivo de derrubar o governo sírio, procuram, agora, através da provocadora agressão militar directa, escalar o conflito para justificar uma intervenção militar estrangeira de grande escala».
O CPPC acusa ainda Israel de ser «um foco permanente de guerra, agressão e ocupação contra todos os povos da região», comportando-se «como instrumento e principal aliado da estratégia de tensão e guerra dos EUA no Médio Oriente».
Face a esta situação, o CPPC exige o fim da «agressão à Síria», das «acções de ingerência, da militarização do conflito e do boicote a qualquer esforço e tentativa de solução negociada e política na Síria, pelas potências ocidentais e seus aliados na região», advoga o fim das «sanções contra a Síria, cujas primeiras vítimas são a sua população», e reclama do Governo, em consonância com a Constituição da República Portuguesa, a clara condenação dos ataques de Israel à Síria. O Conselho para a Paz e Cooperação apela, de igual forma, no espírito e respeito da Carta das Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia para a resolução pacífica dos conflitos na região.
PCP solidário com os povos
O PCP condenou, de igual forma, os ataques das forças militares israelitas contra a Síria, tendo alertado, em nota do Gabinete de Imprensa, para o agravamento da situação no Médio Oriente.
«Trata-se de inaceitáveis ataques que representam uma nova e clara violação do direito internacional e da Carta da ONU por parte de Israel, que, aliás, desrespeitando frontalmente resoluções das Nações Unidas, ocupa ilegalmente território sírio (Montes Golã), desde 1967», salienta o Partido, considerando que esta nova agressão de Israel – à semelhança da que perpetrou contra a Síria, em finais de Janeiro – «não pode ficar mais uma vez impune, devendo ser claramente condenada pelo Governo português, em consonância com os princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa».