Cuba reconhecida

O director-geral da Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) endereçou a Fidel Castro uma carta na qual felicita Cuba e o seu povo pelo cumprimento antecipado da meta de redução da desnutrição para metade até 2015, estabelecida em 1996, em Roma, durante o Fórum Mundial sobre Alimentação. José Graziano lembra que naquela reunião o então presidente cubano salientou que «os sinos que dobram hoje pelos que morrem de fome a cada dia, dobrarão amanhã pela humanidade inteira que não quis, não soube ou não pode ser suficientemente sábia para se salvar», sublinhando, ainda, que o comandante, já na conferência de imprensa, acrescentou que «se se cumprisse a meta estabelecida, não saberia o que dizer à outra metade da humanidade que ainda não havia sido libertada do flagelo da fome. São conceitos que hoje conservam todo o seu valor e significado», considerou.

José Graziano conclui a missiva anunciando que na Conferência da FAO que decorrerá no próximo mês de Junho, Cuba será homenageada pelo feito junto com outros 15 países, entre os quais a Venezuela, a Nicarágua, o Vietname, o Uruguai ou Santo Tomé e Príncipe.

O reconhecimento de Cuba como bastião do combate aos flagelos que massacram os povos tem estado em destaque. No seu último relatório, a Unicef salienta que dos 146 milhões de crianças menores de cinco anos afectadas pela desnutrição grave, nenhuma é cubana. No mesmo sentido, a maioria dos países presentes no Conselho de Direitos Humanos saudou os progressos da ilha socialista no cumprimento dos chamados Objectivos do Milénio, frisando que os avanços em matéria de saúde e investigação, educação e cultura, igualdade de género e combate à discriminação, erradicação da pobreza e da fome, foram alcançados apesar das consequências económicas e sociais provocadas pelo bloqueio imposto pelos EUA ao país há mais de 50 anos.



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