Sub-emprego afecta milhões na UE
Entre os 43 milhões de pessoas que trabalhavam a tempo parcial nos países da União Europeia em 2012, cerca de 9,2 milhões desejariam e estariam disponíveis para trabalhar um maior número de horas, segundo um inquérito do Eurostat divulgado dia 19.
O estudo indica ainda que a situação de sub-emprego tem abrangido uma percentagem crescente de trabalhadores, passando de 18,5 por cento em 2008, para 20,5 por cento em 2011 e 21,4 por cento em 2012.
Essa percentagem aumenta significativamente em países como a Grécia (66%), Espanha (55%), Letónia (53%) e Chipre (50%).
Em Portugal, onde segundo o Eurostat o emprego a tempo parcial representa 13,2 por cento do emprego total, há 256 mil trabalhadores nesta situação, ou seja, 42,8 por cento do total, que mostram disponibilidade para trabalhar mais horas.
A proporção mais baixa de trabalhadores a tempo parcial dispostos a laborar mais horas foi registada na Holanda (3%), na Estónia (8%) e na República Checa (10%).
O estudo revela igualmente a existência de 8,8 milhões de pessoas (dos 15 aos 74 anos), que estão hoje classificadas na categoria de «população economicamente inactiva» mas que manifestam disponibilidade para trabalhar.
A este grupo junta-se um outro em situação semelhante composto por 2,3 milhões de pessoas. Ao todo, assinala o Eurostat, existe uma força de trabalho potencial suplementar de 11 milhões de pessoas na UE 27, ou seja, 4,6 por cento do total da população activa.