CDU é de confiança
Perto de um milhar de pessoas participou, sexta-feira, na apresentação dos cabeças de lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Almada, respectivamente Joaquim Judas e José Manuel Maia.
Podem continuar a contar com a CDU
A Academia Almadense voltou a encher-se, desta vez para conhecer os primeiros candidatos da CDU aos órgãos autárquicos do concelho de Almada. A sessão iniciou-se com a actuação de Francisco Naia e da Escola de Música Tradicional, do Ginásio Clube de Corroios, que, com as suas gaitas de fole mirandesa, fizeram «voar bem alto», ao som da «Carvalhesa», as bandeiras de todas as cores da CDU.
De seguida, Luzia Paramés, actriz, chamou para o palco Victor Gomes (da Juventude CDU), Susana Montalvo (da Comissão Concelhia), Anabela Raposo (do Secretariado da Comissão Concelhia), João Armando (do Comité Central e responsável pela Concelhia), Nuno Costa (da Direcção da Organização Regional de Setúbal), Margarida Botelho (da Comissão Política), José Capucho (do Secretariado), João Geraldes (da Intervenção Democrática), Heloísa Apolónia (do Partido Ecologista «Os Verdes»), Maria Emília de Sousa (Mandatária das listas da CDU e presidente da Câmara de Almada), José Manuel Maia, Joaquim Judas e Jerónimo de Sousa.
Importante tarefa
Joaquim Judas começou por agradecer a confiança em si depositada pela CDU para a realização de «tão importante tarefa, de, pela vontade popular, exercer da presidência da Câmara de Almada», e deixou uma palavra de agradecimento a José Manuel Maia e a Maria Emília de Sousa, «amiga, camarada, presidente da Câmara de Almada, figura ímpar do Poder Local». «Agradeço o teu apoio e empenho manifesto na disponibilidade e entusiasmo com que aceitaste ser Mandatária da CDU», afirmou o candidato, que se referiu a Maria Emília de Sousa como «sábia e incansável obreira, que tanto tem dado a Almada, a quem Almada tanto deve e com quem nunca deixaremos de contar».
Sobre o futuro, Joaquim Judas prometeu que a CDU não desviará o «olhar do trabalhador desempregado, do empresário em dificuldades, da criança sem refeição, do jovem sem escola e sem futuro, do idoso ou do doente sem conforto».
«Contamos com uma extraordinária rede de associações, instituições de solidariedade e de homens e mulheres de boa vontade em todas as áreas, da comunidade educativa às forças de segurança, da protecção civil à saúde, do conhecimento e da cultura, para juntos enfrentarmos as condições infernais que nos estão a ser impostas», enumerou, assegurando que «a esperança que enche a nossa razão e o nosso coração e que encherá o nosso futuro, baseia-se na confiança que temos no potencial criativo e transformador do trabalho, na luz da cultura e do conhecimento, na força mobilizadora do diálogo com todos e na valorização do contributo de cada um».
Projecto reconhecido
O candidato à Câmara de Almada terminou recordando que o «pensamento» e o «projecto» da CDU no Poder Local é «conhecido e reconhecido» e que «os nossos compromissos são claros e a coerência da nossa acção com esses compromissos é, e continuará a ser, um traço central da nossa identidade».
Outro traço identitário da CDU no Poder Local, continuou Joaquim Judas, «prende-se com a associação dos trabalhadores das autarquias ao nosso projecto e com a valorização do seu papel na defesa dos interesses das populações». «A ofensiva do Governo contra os serviços públicos passa também por um descabelado ataque contra os trabalhadores da administração pública local», acusou, dizendo aos trabalhadores da administração local que «podem continuar a contar com a CDU».
Por último, Joaquim Judas convidou todos «a que nos acompanhem nesta caminhada que, impulsionada pelo PCP, pelo Partido Ecologista “Os Verdes” e pela Intervenção Democrática, com a nossa força, o nosso entusiasmo e o nosso amor, leva os almadenses e o povo português ao porto de paz, de segurança e de bem-estar onde há tanto tempo ambicionamos chegar, de que não desistimos de alcançar e onde todos podem ter lugar».
José Manuel Maia
«Estamos juntos»
José Manuel Maia, primeiro candidato na lista da CDU à Assembleia Municipal, perante uma plateia repleta de «determinação», de «alegria», de «confiança» e de «esperança», afirmou que ali, em Almada, «estamos juntos para mais um acto de cidadania», sendo «o governo do município a causa deste nosso encontro de anúncio da ambição do futuro, de empenho militante e continuado no desenvolvimento e progresso do nosso concelho».
«Estamos aqui, todos nós, porque estamos envolvidos, trilhamos o mesmo caminho, partilhamos a obra e o feito, acicatando vontades, assumindo compromissos, construindo futuro com futuro, na exigência do nosso próprio colectivo», afiançou, adiantando que «estamos juntos porque somos um sólido colectivo com projecto e obra que se afirma solidário e humanista, assente nos princípios e valores de esquerda, de progresso ao serviço do concelho e das suas gentes».
Olhos nos olhos
Sobre o Compromisso Eleitoral que a CDU apresentou, em 2009, aos cidadãos do concelho, José Manuel Maia frisou que é com «orgulho, de cabeça levantada como sempre, de olhos nos olhos, que podemos afirmar e os cidadãos podem comprovar que cumprimos o que prometemos». «Eis a grande diferença entre nós e os outros», afirmou, frisando que com a CDU «a água não é negócio nem entregue a privados», que lutará «contra as negociatas dos lixos, das ETAR, da entrega a privados dos serviços de saneamento básico» e que «a luta das freguesias não terminou», sendo certo que «apresentaremos na Assembleia da República as iniciativas legislativas para a reposição das onze freguesias».
Valeu a pena
Mais adiante, o candidato e presidente da Assembleia Municipal falou de Maria Emília, actual presidente da autarquia, tendo manifestado «satisfação» e «honra» pela «galvanizante caminhada que temos feito juntos nas últimas quatro décadas e em particular desde 1995 no Poder Local – valeu a pena, foi muito bom».
Sobre a Maria Emília, Manuel Maia disse que é «a prática do humanismo dos tolerantes, o protagonismo da segurança dos valores e dos objectivos, a eficiência de quem sabe prestar serviço público, a competência e a honestidade dos justos, o respeito pelos eleitores e os compromissos, a atenção profunda à comunidade, o amor às suas gentes». «É uma grande lição de vida, referência e exemplo», valorizou.
Sobre Joaquim Judas, o candidato mostrou «satisfação de uma nova e mais íntima caminhada juntos», dando conta que «estamos na presença de um lutador pela democracia e a liberdade, e por isso passou pelas prisões fascistas». «Exalto o homem, a sua acção política nos últimos 40 anos vividos em Almada, a sua luta pelos interesses e aspirações dos trabalhadores e da população, o seu exemplo de cidadania e autarca, a sua prática cívica militante», sublinhou.
Jerónimo de Sousa
Ruptura com a política de direita
A encerrar a sessão, Jerónimo de Sousa frisou que, «quando os trabalhadores e o povo estão sujeitos a uma cruzada de espoliação de direitos, salários e rendimentos, o valor e significado da CDU, do seu reforço, da presença de mais eleitos, assume uma redobrada importância: como força de realização e promoção de desenvolvimento local, mas também como factor essencial para dar voz, expressão e força à defesa dos interesses populares e para afirmar mais alto a inadiável urgência de ruptura com a política de direita».
«Nunca umas eleições autárquicas estiveram tão ligadas às questões mais gerais do País, nem, nunca como agora, a defesa do Poder Local esteve tão ligada à luta mais geral contra a política de direita, o pacto de agressão em que esta política actualmente se suporta e à concretização de uma política alternativa», sublinhou Jerónimo de Sousa, acrescentando: «A ofensiva contra o Poder Local é parte integrante do processo de exploração, empobrecimento, liquidação de serviços públicos e funções sociais».
É por isso que, em Outubro, o reforço da CDU, das suas posições, da sua votação, do número dos seus eleitores assume uma enorme importância e significado. «Mais CDU significará mais capacidade de resolução dos problemas locais, uma mais sólida garantia do trabalho, honestidade e competência que lhe é reconhecida», afirmou o Secretário-geral do PCP, destacando ainda que «mais CDU» significará «o reforço da presença que assegura a defesa e representação dos interesses populares, mais força com que os trabalhadores e a população podem contar na defesa dos serviços públicos, do acesso à saúde e à educação» e «mais força aos que lutam por uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que abra caminho a uma vida digna e a um futuro com segurança».