CGTP-IN mantém mobilização para a luta

Marcha parte no sábado

Arranca no sábado a «Marcha contra o empobrecimento – Mudar de política e de Governo», organizada pela CGTP-IN e que percorrerá o País, terminando em Lisboa, no dia 13, com uma grande manifestação.

À marcha são bem vindos todos os atingidos pela política das troikas

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Ao apresentar publicamente os objectivos e os contornos desta iniciativa, Arménio Carlos salientou, segunda-feira à tarde, que ela é aberta à participação de todos e que será igualmente um momento de dinamização para as grandes acções a realizar no dia 25 de Abril e no 1.º de Maio e nas quais a CGTP-IN está fortemente empenhada, com especial destaque para o Dia Mundial dos Trabalhadores. «Não será apenas um dia de confraternização e de alegria, será também um grande dia nacional de luta», adiantou o Secretário-geral da Inter.
Na conferência de imprensa foram reafirmadas as posições da central, perante a caminhada do País para o abismo, ao fim de 22 meses de Governo do PSD e do CDS-PP. No topo das medidas que a CGTP-IN aponta como alternativas, surge o rompimento com o programa das troikas, sublinhando Arménio Carlos que «não se trata de renegociar», mas sim de acabar com o pacto que asfixia os trabalhadores, o povo e o País. Insistiu na necessidade de «outra distribuição do rendimento», por via da valorização de salários e pensões e, em especial, através do aumento do salário mínimo nacional para 515 euros, a partir de Janeiro de 2013. Este aumento, realçou, não pode ter como contrapartida a redução da taxa social única, exigida pelas associações patronais, porque isso iria reduzir a capacidade financeira da Segurança Social. Uma contrapartida, sugeriu, seria a criação de uma linha de financiamento para as pequenas e médias empresas, com juros relativamente baixos, para dinamizar o investimento destas.
No manifesto que divulga a marcha e apela à participação nesta luta são referidas as principais críticas, propostas e reivindicações da CGTP-IN.
Aos jornalistas foi apresentada uma lista com lutas realizadas, em vários sectores e regiões e de âmbito nacional, nos meses de Fevereiro e Março, no quadro da «acção geral de protesto, proposta e luta», comprovando que todos os dias houve trabalhadores a manifestarem-se contra a política do Governo e do patronato. Arménio Carlos, lembrou, a propósito, os números recentemente divulgados num relatório de segurança interna, onde as forças policiais dão conta do aumento de manifestações e greves em Portugal.

 

Roteiro nacional

A marcha vai integrar um conjunto de concentrações e manifestações, organizadas pelas estruturas regionais da CGTP-IN, seguindo um roteiro que será acompanhado por alguns dirigentes nacionais, incluindo o Secretário-geral.

No dia 6, sábado, as primeiras acções ocorrem em Viana do Castelo, Vila Real, Guarda, Portimão e Vila Real de Santo António, Olhão e Loulé, de manhã, e em Braga, Faro e Ponte de Sor, à tarde.

No domingo, dia 7, no distrito do Porto, a saída está marcada para as 10 horas, da Praceta do Soldado, em Fânzeres (Gondomar), seguindo para Soutelo; às 16 horas, uma manifestação parte de São Bento para o Cais de Gaia. Também às 16 horas, decorrerá uma acção em Portalegre.

No dia 8, segunda-feira, a marcha marca presença em Beja (para a Segurança Social convergem três manifestações, que saem às 10 horas da Av. Miguel Fernandes, do Intermarché e do Jardim Público), Viseu (saída às 11 horas, da Segurança Social para o Centro de Emprego e o Hospital Distrital) e Mirandela (partida às 16 horas, da Rua da República para a Câmara Municipal).

Na terça-feira, dia 9, vão realizar-se em Évora três concentrações dos diferentes concelhos, na rotunda da Alagoa, no Rossio e no Hospital, que depois se dirigem para a Praça Sertório. De tarde, a marcha está em Castelo Branco (da CM ao Museu da Cidade), no Fundão (junto à CM) e na Covilhã.

No dia 10, juntam-se na marcha os distritos de Aveiro e Setúbal (Litoral Alentejano), com acções às 10 horas, em Alcácer do Sal e Grândola, e às 15 horas, em Sines, Santiago do Cacém e Santa Maria da Feira (da Rohde ao tribunal e à CM).

Para dia 11, estão marcadas manifestações em Setúbal (concentração às 10 horas, na Praça do Brasil), na Moita (concentração às 15 horas, em Alhos Vedros, e desfile para a Baixa da Banheira) e em Coimbra (saída às 15.30, do Largo da Estação Velha, em direcção à Praça 8 de Maio).

No dia 12, haverá marcha em Angra do Heroísmo, Horta, Ponta Delgada, Funchal, Marinha Grande, Entroncamento, Santarém, Samora Correia, Vila Franca de Xira, Amadora, Sintra, Cascais, Loures, Torres Vedras, Barreiro e Almada.

Dia 13, em direcção à Assembleia da República, marcham trabalhadores dos distritos de Lisboa e Setúbal.




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