Reforçar o Partido nos bairros municipais

O PCP promoveu recentemente, no Porto, um encontro sobre a Intervenção e Organização do Partido nos Bairros Municipais de Cidade, que contou com cerca de 60 participantes. Tal como 20 por cento da população do Porto vive nos bairros municipais, o mesmo acontece com semelhante percentagem dos militantes do Partido.

O encontro culminou dois meses e meio de trabalho preparatório, que passou pelo contacto com os membros do Partido que residem nos bairros municipais e pelo levantamento dos problemas e preocupações com que se debatem os respectivos moradores. O trabalho preparatório e o debate realizado constataram a existência de uma situação social que se está a degradar.

A confirmá-lo estão o elevado nível de desemprego, a existência de uma população muito idosa, o aumento do número de beneficiários do RSI, o incumprimento no pagamento de obrigações (renda, água e energia, sendo referidos casos de roubo de energia), o regresso de filhos às casas dos pais, com a consequente sobreocupação ou a opção por actividades de tráfico de droga como forma de composição do rendimento. São ainda referidas situações de fome, muitas vezes apenas mitigada pelas escolas e por entidades como as juntas de freguesia ou instituições de solidariedade.

Constatou-se também o aumento do número de idosos que, por não terem mobilidade, ficam presos nas suas próprias casas, vivendo do apoio dos vizinhos. Outros, internados em lares, deixaram as casas devolutas. Esta situação, denunciaram os comunistas, conjuga-se com o facto de ter sido aprovado pela maioria PSD/CDS no município um regulamento para os bairros que consagra uma visão assistencialista da habitação social, estabelecendo um conjunto de regras que constituem uma autêntica porta aberta aos despejos dos inquilinos municipais.

No encontro concluiu-se que os problemas e dificuldades dos moradores destes bairros resultam da aplicação conjugada das políticas de direita na Câmara Municipal e no País e reafirmou-se a necessidade de intensificar a luta por uma política e um governo patrióticos e de esquerda. Foi ainda aprovado um conjunto de orientações com vista a reforçar a intervenção e organização do partido nos bairros municipais da cidade do Porto.



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