No Encontro traçou-se como objectivo para as eleições autárquicas o reforço político da CDU, o que impõe concorrer a todos os órgãos municipais e ao maior número de freguesias. «O reforço da CDU, a intensificação da luta de massas serão elementos fundamentais na luta por uma política e um governo patriótico e de esquerda», salienta a Coligação, frisando que, num quadro de aprofundamento da crise económica, «as autárquicas deste ano assumem grande importância, serão uma oportunidade de condenação da política de direita e dos seus responsáveis e para a afirmação da necessidade de ruptura com esta política das troikas».

Em nota de imprensa, a CDU – que no distrito tem a presidência de oito juntas de freguesia, uma centena de eleitos em assembleias de freguesia, vários eleitos nas assembleias municipais e um vereador na Câmara de Coimbra – deu conta de que, no Encontro, analisou, entre outros temas, a ofensiva contra o Poder Local democrático, resultante da aplicação do pacto de agressão assinado pelo PS, PSD e CDS. «A concretizar-se este violento ataque, retrocederemos para uma administração local semelhante à que existia antes do 25 de Abril», denunciaram os eleitos e activistas. Os participantes no Encontro também se manifestaram contra a Lei das Finanças Locais, que «asfixia financeiramente as autarquias», o novo regime jurídico de atribuições e competências, a Lei 125/XII, que aprova os estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, e a Proposta de Lei 123/XII, que «a ser aprovada permitiria ao Governo privatizar as concessões já detidas por empresas do Grupo Águas de Portugal, também à revelia da autarquias», o que «demonstra claramente o objectivo de favorecer os monopólios privados dos serviços de água, esgotos e lixos, à custa da espoliação das populações».