«Nada ficará igual»
A manifestação nacional da CGTP-IN «é importante, particularmente por este sentimento colectivo tão forte que aqui está, de gente que não está resignada, que não está conformada. Esta manifestação não é só indignação, é mais do que isso, pela sua dimensão e por este sentimento prevalecente de dizer “basta”, dizer que é precisa uma mudança, acreditar que é possível uma política alternativa, romper com este pacto de agressão, construir uma alternativa patriótica e de esquerda».
«Os portugueses têm razões para estarem profundamente desconfiados [face a novas medidas em preparação para o Orçamento do Estado de 2013]. A troco do recuo na TSU (taxa social única), o Governo prepara-se para meter pela janela o que não conseguiu meter pela porta, com uma “solução fiscal”. Descontando umas cócegas que vai fazer aos mais poderosos, vão ser sempre os mesmos a pagar: os trabalhadores, os reformados, pela via do IRS, pela via dos cortes na protecção social, pela taxação dos subsídios... Ou seja, querem vender gato por lebre. Os portugueses não vão admitir isso. Depois desta manifestação, nada ficará igual.»
Declarações de Jerónimo de Sousa, prestadas na Rua do Ouro, onde uma delegação do PCP saudou a passagem do desfile do distrito de Lisboa, antes de também seguir para o Terreiro do Paço. A delegação integrou, além do Secretário-geral, Albano Nunes, Francisco Lopes e Manuela Pinto Ângelo, membros do Secretariado do Comité Central, e Vladimiro Vale, da Comissão Política do CC do PCP