A mudança de política é possível e necessária nos Açores

Continuar a luta, levando-a até ao voto

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João Decq Mota, agente de ex­plo­ração por­tuária, sin­di­ca­lista e membro do Co­mité Cen­tral do PCP, é o pri­meiro can­di­dato da CDU pela Ilha do Faial às elei­ções re­gi­o­nais, que se re­a­lizam no dia 14 de Ou­tubro.

Na apre­sen­tação pú­blica, que acon­teceu no dia 1 de Agosto, o ca­beça de lista, di­ri­gindo-se aos fai­a­lenses, co­meçou por lem­brar que o de­sem­prego, a perda de ren­di­mentos, a re­dução dos sa­lá­rios, os cortes nas pen­sões, o en­cer­ra­mento de ser­viços pú­blicos, a pa­ra­li­sação dos in­ves­ti­mentos e a es­tag­nação do de­sen­vol­vi­mento da ilha «não são ine­vi­tá­veis» e que «a mu­dança de po­lí­tica é pos­sível e ne­ces­sária», com «o re­forço da CDU no Faial» e «em todas as ilhas».

«Re­corde-se que ao longo dos úl­timos 30 anos foram o PS, o PSD e o CDS que es­ti­veram no Go­verno Re­gi­onal e no Go­verno da Re­pú­blica. Foram estes e não ou­tros que to­maram as op­ções er­radas que agora tão amar­ga­mente pa­gamos. Foram estes e não ou­tros que ali­men­taram cli­en­telas, que en­cheram o apa­relho do Es­tado de boys e ami­ga­lhaços. Foram estes e não ou­tros que pre­fe­riram es­banjar mi­lhões para ga­nhar votos em vez de os in­vestir no de­sen­vol­vi­mento e na mo­der­ni­zação», afirmou João Decq Mota, acu­sando o PS, o PSD e o CDS de, «de­pois de ar­rui­narem o País», terem as­si­nado «um pacto para en­tregar o que resta ao es­tran­geiro, ar­rui­nando em nome da troika a vida de todos os por­tu­gueses».

«Não podem agora estes par­tidos, nos Açores, com­portar-se como se não ti­vessem nada a ver com isto. Foram eles pró­prios que ar­rui­naram o País e a Re­gião», acres­centou.

O can­di­dato da CDU de­fendeu por isso que «é tempo de mudar e eleger de­pu­tados que não devam fa­vores a nin­guém, nem te­nham medo de en­frentar seja quem for para cum­prir a von­tade de quem os elegeu». «Os fai­enses sabem que é aqui, na CDU, que vão en­con­trar essa co­ragem, essa co­e­rência e essa fir­meza. Nunca va­ci­lámos no pas­sado quando se tratou de exigir o in­ves­ti­mento ne­ces­sário para de­sen­volver a nossa ilha, quando se tratou de cri­ticar as po­lí­ticas cen­tra­listas que pro­curam con­cen­trar em Ponta Del­gada os equi­pa­mentos, as gentes e a ri­queza dos Açores», acen­tuou, exi­gindo, para o Faial, a «va­ri­ante à ci­dade da Horta», a «cons­trução do novo quartel de bom­beiros», a «me­lhoria das li­ga­ções ma­rí­timas com as ilhas do tri­ân­gulo», a «ex­pansão da ma­rina» e, entre ou­tros, a «ex­tensão da pista do ae­ro­porto».

Au­mento do de­sem­prego

Por seu lado, Aníbal Pires, pri­meiro can­di­dato da CDU pelos cír­culos de S. Mi­guel e de Com­pen­sação, alertou para os nú­meros do de­sem­prego e para o des­pe­di­mento co­lec­tivo da Fá­brica Cor­re­tora, em S. Mi­guel. «Num mo­mento em que PS, PSD e CDS tudo fazem para au­mentar a ex­plo­ração dos tra­ba­lha­dores, para impor mais sa­cri­fí­cios e em­po­brecer ainda mais os aço­ri­anos, a CDU, pelo con­trário, apre­senta um can­di­dato que está pro­fun­da­mente li­gado à luta por uma vida me­lhor, à de­fesa dos di­reitos de quem tra­balha e à exi­gência de uma outra po­lí­tica», sa­li­entou Aníbal Pires, re­fe­rindo-se a João Decq Mota.



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