Exportação de capitais e desemprego
1,5 biliões de dólares é o montante global de aplicações directas de capital estrangeiro durante o ano de 2011, revelou-se, quinta-feira, 5, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. O crescimento de 16 por cento relativamente ao ano de 2010 mostrou uma aproximação dos investimentos directos estrangeiros à cifra registada em 2007, quando o total global ascendeu a um recorde de 2 biliões de dólares.
Apesar da crise, o relatório intitulado «Investimento no mundo em 2012» estima que este ano sejam investidos directamente 1,6 biliões de dólares, e em 2013 e 2014, 1,8 e 1,9 biliões, respectivamente.
Os países ditos desenvolvidos são os que absorvem a maioria dos fluxos de capital estrangeiro, 55 por cento do total, ao passo que as nações consideradas em vias de desenvolvimento arrecadam os demais 45 por cento do total de investimentos directos.
China, EUA, Índia, Indonésia e Brasil são os territórios no topo dos receptores de investimento directo estrangeiro, enquanto que os EUA são os maiores exportadores de capital.
Para além de abordar os fluxos de capital, na conferência falou-se ainda de emprego. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou para a degradação do acesso ao trabalho a nível mundial, o que se confirma pelos número da Organização Internacional do Trabalho, segundo os quais 200 milhões de pessoas em todo o mundo estão desempregadas.
Destas, 75 milhões são jovens e 84 milhões são mulheres, estratos da população activa particularmente atingidos.