Firmes na luta por um novo rumo
De Faro e de Castelo Branco, de Beja e de Leiria, de Santarém, Setúbal, Évora e Portalegre, de Lisboa; pelos salários em dívida e pelos postos de trabalho em risco; pelos serviços públicos atacados e pelos direitos de quem faz o seu melhor na Educação, na Saúde, nas autarquias locais, na Segurança Social; pelos subsídios de férias e de Natal, pelas pensões e pelos salários, amputados pelo Governo de serviço na execução da política das troikas; para parar os retrocessos e colocar o País no rumo do progresso aberto com a revolução de Abril; em síntese, «contra a exploração e o empobrecimento, para mudar de política» – como a CGTP-IN apelou ao convocar a manifestação do passado sábado, em Lisboa, e a de dia 9, no Porto – dezenas de milhares de pessoas desceram a Avenida da Liberdade. Algumas terão ali estado pela primeira vez, muitas outras incluíram esta jornada na luta dura em que decidiram tomar parte, cientes de que a vitória não está garantida. Nos rostos, nas faixas, nas palavras de ordem, nas vaias e aplausos com que reagiram à intervenção de Arménio Carlos, no palco instalado na Praça dos Restauradores, mostraram igualmente saber que baixar os braços não é solução, apenas garantia de derrota. Dezenas de milhares demonstraram que vão manter-se firmes e vão continuar a esclarecer, organizar e mobilizar, para darem mais força à luta por um novo rumo para o País e melhor vida para o povo. Não se viu nas televisões e nos jornais? Ficam aqui algumas imagens. Muitas outras foram para todos os distritos, na memória de quem ali esteve no sábado.