Micro, pequenos e médios empresários

Razões de sobra para rejeitar o pacto de agressão

Os micro, pequenos e médios empresários (MPME) devem juntar-se à luta contra o pacto de agressão, sustenta o PCP, num comunicado dirigido a este sector.

PS, PSD e CDS apenas favorecem os grandes grupos económicos

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É por uma questão objectiva que os MPME devem definitivamente romper com os partidos da política de direita e, ao lado do PCP, engrossar as fileiras dos que lutam por um Portugal com futuro: a sua situação degrada-se de dia para dia fruto da política de favorecimento dos grandes grupos económicos e financeiros.

Num comunicado da sua Comissão Regional de Setúbal dos Micro, Pequenos e Médios Empresários, o PCP lembra nomeadamente a «crescente liberalização» dos horários do comércio, que criou as condições para que os «barões dos hipermercados controlem mais de um terço do mercado e tenham condições para esmagar a produção nacional». Há pouco mais de um ano e meio, recorda ainda o PCP, o governo do PS retomou uma «velha iniciativa do PSD, em véspera das anteriores eleições», que possibilitou às grandes superfícies comerciais terem as portas abertas das seis às 24 horas todos os dias incluindo os domingos e feriados.

Para os comunistas, de eleição em eleição, os micro e pequenos empresários «vão ficando à espera de dias melhores», cheios de ilusões de que o governo a seguir seja melhor do que o anterior. Se nas campanhas eleitorais abundam as promessas e os partidos da política de direita (PS, PSD e CDS) «enchem a boca» com os apoios necessários às empresas para o desenvolvimento do País, após os votos estarem contados «calam-se que nem ratos (veja-se o exemplo de Paulo Portas) e as micro e pequenas empresas são retiradas do calendário político».

 

Romper com os monopólios

 

No comunicado lembra-se ainda a participação inédita de Jerónimo de Sousa no programa televisivo Prós & Contras, onde o dirigente comunista «puxou para cima» e defendeu as micro, pequenas e médias empresas e realçou a necessidade urgente do apoio e financiamento às actividades produtivas nacionais. O Secretário-geral do Partido denunciou aí a relutância da banca privada em cumprir a sua função de apoio à economia, acrescenta-se ainda no comunicado.

As afirmações de Jerónimo de Sousa não foram para telespectador ver. Pelo contrário, elas assentam no próprio Programa do PCP, que prevê que o desenvolvimento económico assente «numa economia mista», com um sector empresarial do Estado, um sector privado, constituído por empresas de variada dimensão, destacando-se as micro, pequenas e médias empresas, e por um sector cooperativo e social.

O PCP opôs-se à liberalização dos horários do comércio, ao aumento da taxa de IVA e às alterações à Lei das Rendas e defendeu o fim do Pagamento Especial por Conta – leis que esmagam amplos sectores da sociedade portuguesa, incluindo milhares de MPME.

No comunicado, o PCP reafirma que só a luta poderá travar o rumo de «desastre nacional traçado pela troika PS, PSD e CDS» a que se associou, há um ano, uma outra troika FMI, UE e BCE na assinatura do «tenebroso» pacto de agressão. Na primeira linha dessa luta, em quaisquer circunstâncias, estará o PCP, garante a Comissão Regional de Setúbal de MPME.



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