Funcionários britânicos saem à rua

Protesto massivo

Pela terceira vez em seis meses, os funcionários públicos britânicos de diferentes serviços cumpriram, dia 10, uma greve de 24 horas, manifestando-se nas principais cidades do país.

Os sindicatos prometem continuar as acções de luta

Image 10436

Cerca de 400 mil funcionários públicos britânicos, entre os quais 30 mil polícias, paralisaram o sector, dia 10, em protesto contra as políticas de austeridade, em particular, o aumento da idade da reforma e os cortes nas pensões.

Apesar das repetidas e massivas jornadas de luta, o governo de conservadores-liberais insiste na intenção de aumentar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos, e reduzir o valor da pensão, alterando a fórmula de cálculo que passa a abranger toda a carreira contributiva, bem como agravar as contribuições dos trabalhadores, nalguns casos em 50 por cento, como acontece com os docentes universitários.

Recusando pagar mais para receber menos, milhares de funcionários desfilaram nas ruas da capital e em várias outras cidades, sobressaindo uma forte presença de polícias, que se fizeram aplaudir por colegas em serviço, que vigiavam os manifestantes. A mobilização dos polícias é também motivada pela supressão de milhares de postos de trabalho, medida que classificam de «criminosa».

A greve afectou parcialmente o funcionamento do aeroporto de Heathrow, onde a falta dos funcionários aduaneiros provocou atrasos e esperas prolongadas.

Indiferente aos protestos, o executivo britânico apresentou no mesmo dia no parlamento os novos diplomas sobre o sistema de segurança social, que incluem ainda restrições à concessão de licença de maternidade e redução de subsídios às crianças com deficiência.

Os sindicatos reafirmam que serão convocadas novas greves já em Junho, admitindo prosseguir a luta «depois do Verão, no Inverno e na Primavera e assim por diante», segundo declarou Len McCluskey do sindicato Unite.



Mais artigos de: Europa

A caminho de novas eleições

O fracasso das tentativas dos três partidos mais votados para formar governo na Grécia aponta com grande probabilidade para a realização de novas eleições, num quadro de rearrumação do quadro partidário grego.

PCP saúda KKE

O Secretariado do CC do PCP enviou, no dia 9, uma saudação ao Partido Comunista da Grécia (KKE) pelos resultados obtidos nas recentes eleições. Na mensagem afirma-se: «Ao tomarmos conhecimento dos resultados finais das eleições legislativas no vosso país...

Novo revés para Merkel

Os sociais-democratas (SPD) venceram, no domingo, 13, as eleições na Renânia do Norte-Westfália, superando os democratas-cristãos (CDU) de Angela Merkel, que obtiveram o seu pior resultado de sempre no Estado federado mais populoso da Alemanha. O SPD, com Hannelore Kraft como...

Ensino paralisa em Espanha

Os cinco sindicatos espanhóis da Educação convocaram para a próxima terça-feira, 22, uma greve inédita que une todos os graus de ensino, em protesto contra os cortes aprovados pelo governo conservador. As medidas em causa, que prevêem um corte de 25 a 30 por cento no...

Hungria criminaliza os sem-abrigo

O governo húngaro aprovou uma polémica lei que pune com penas até seis meses de prisão quem seja apanhado a viver nossos espaços públicos das cidades. A lei visa directamente cerca de 30 mil sem-abrigo, apontando-lhes como único crime a pobreza extrema, que os atirou para...

Estabilidade para o capital retrocesso para o povo

Menos referido pela comunicação social dominante do que o chamado tratado orçamental – melhor seria designá-lo como tratado de agressão e retrocesso social – mas a ele intrinsecamente ligado, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) está...