Mais de duas centenas de pessoas manifestaram-se no dia 3 em defesa do Museu Regional de Beja, uma das instituições mais representativas da região, que hoje enfrenta um dos seus períodos mais negros, estando em causa os salários dos trabalhadores e a conservação dos edifícios onde se encontra instalado e o espólio aí existente.

A manterem-se as actuais condições, o Museu corre mesmo o risco de ter de fechar as portas, pois nem o pagamento de questões tão básicas como a electricidade, os serviços de limpeza e a água se encontra assegurado.

«Esta conjuntura tem-se vindo a agravar ao longo dos anos, na medida em que o Poder Central se tem vindo a demitir das suas responsabilidades no que toca à conservação dos edifícios, piorando ainda mais nos últimos dois anos, período em que o município de Beja, que até então assegurara cerca de 60 por cento do orçamento de funcionamento do Museu, tem vindo a diminuir drasticamente a sua comparticipação, conduzindo à situação de ruptura que se vive actualmente», lê-se num manifesto. Os seus subscritores consideram «inadmissível» que se coloque a possibilidade deste equipamento vir a encerrar.

Neste sentido, apela-se à rápida resolução do problema, através da assumpção das responsabilidades que cabem a cada instituição envolvida no processo, com destaque para a Câmara Municipal de Beja, cujo concelho é o principal beneficiário da existência deste equipamento, devendo, assim, e nas actuais circunstâncias, ser o principal garante do funcionamento e do financiamento do Museu Regional.